Italianos iniciam segundo dia de votação em referendos polêmicos

Há 16 anos a participação exigida para este tipo de consulta de iniciativa popular não é alcançada na Itália.

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A votação foi retomada nesta segunda-feira na Itália para os referendos sobre o uso da energia nuclear, a privatização do serviço de água e a imunidade penal do primeiro-ministro Silvio Berlusconi.Os italianos começaram a votar no domingo, quando a participação bateu recorde, com um índice de 41,1%.

Para que as consultas, promovidas pela oposição e que pretendem anular as leis em vigência, sejam válidas é necessária uma taxa de participação de 50% mais um voto.

Há 16 anos a participação exigida para este tipo de consulta de iniciativa popular não é alcançada na Itália.O referendo triplo constitui um novo teste para Silvio Berlusconi, depois de seu recente fracasso nas eleições municipais.

Seu partido, o Povo da Liberdade (PDL), não deu indicações de voto sobre a privatização da água e o retorno da energia nuclear. Mas chamou seus partidários a não participar do referendo sobre a imunidade penal, para evitar que se alcance o quórum necessário para dar validade à consulta.

Berlusconi, atualmente envolvido em três casos --corrupção de testemunha, fraude fiscal, prostituição de menor e abuso de poder-- teme acima de tudo a derrubada da chamada lei de "legítimo impedimento", que lhe permite ausentar-se em seus processos invocando suas obrigações de primeiro-ministro.

O segundo referendo foi convocado para questionar a lei que reintroduzia a energia atômica, uma das propostas emblemáticas do governo de direita.

A Itália, um dos poucos países da Europa sem centrais nucleares por tê-las fechado há mais de 20 anos, decidiu voltar à energia atômica, mas o chefe de governo se viu obrigado a voltar atrás em seus planos depois da enorme rejeição suscitada pelo acidente na central japonesa de Fukushima.

A oposição acredita que Berlusconi interrompeu seu programa nuclear com o único objetivo de esvaziar o referendo, e assim dissuadir os italianos de se mobilizar para votar sobre a lei de Legítimo Imedimento.

O terceiro referendo é sobre a privatização do setor de água. Esta se mantém como um bem público, mas na consulta se planeja a liberalização de sua gestão e a tarifação.

Cerca de 47,2 milhões de italianos foram convocados a votar, aos quais somam-se os 3,2 milhões de italianos residentes no exterior. A votação ocorreu neste domingo até as 17h00 de Brasília, e na segunda-feira ocorrerá das 02h00 às 10h00 de Brasília.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES