Líbia vai pela 01° vez às urnas depois de 40 anos de ditadura

Líbios elegerão os 200 membros do primeiro Congresso Geral Nacional

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Funcionários preparam cédulas eleitorais nesta quarta (4) em Tripoli | Reuters
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Os líbios vão às urnas no sábado (7), pela primeira vez depois de quase 40 anos da ditadura de Muamar Kadhafi, morto durante a revolução contra seu regime em 2011, e elegerão a Assembleia Constituinte da qual sairá um novo governo e uma nova Constituição para o país.

Os líbios elegerão os 200 membros do primeiro Congresso Geral Nacional que deverá nomear um novo governo e um comitê de especialistas encarregado de redigir um projeto de Constituição, que depois será submetido a referendo.

Mesmo que ainda não haja data para o anúncio dos resultados, uma vez que a nova assembleia tenha realizado sua primeira sessão, o Conselho Nacional de Transição (CNT), que dirige a Líbia desde a queda do regime Kadhafi, terá que renunciar.

A votação, prevista inicialmente para 19 de junho, segundo o calendário do CNT, foi adiada por razões técnicas e logísticas, indicou a comissão eleitoral.

Num total de seis milhões de habitantes, 2,7 milhões de líbios estão inscritos nas listas eleitorais.

Embora mais de 4 mil candidatos individuais ou inscritos nas listas de movimentos políticos tenham se apresentado, a comissão eleitoral só declarou elegíveis 2.501 independentes e 1.206 de grupos políticos.

O país está dividido em 72 circunscrições. Em algumas regiões os eleitores precisam eleger um partido político e um candidato individual, e em outras, apenas um dos dois.

No total, 620 mulheres apresentaram suas candidaturas e estão bem representadas nas listas dos partidos, embora entre os candidatos individuais só representem 3,4%.

Os assentos são divididos entre candidatos independentes (120) e movimentos políticos (80), uma maneira de evitar, segundo as autoridades, que apenas um partido político domine a futura Assembleia Constituinte.

Isto não impede, no entanto, que alguns partidos apoiem candidatos individuais, o que poderia levar os islamitas ao poder na Líbia, como já aconteceu na Tunísia e no Egito, dois países que também viveram a onda de protestos da chamada "Primavera Árabe".



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