Levado a Justiça: Líder da oposição na Venezuela se entrega às autoridades

De acordo com testemunhas, López voluntariamente entrou em veículo blindado das forças de segurança para ser levado à justiça.

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Leopoldo López cercado de manifestantes durante protesto nesta terça-feira, em Caracas

O líder da oposição na Venezuela, Leopoldo López, se entregou nesta terça-feira às forças de segurança do país e estaria a ser levado à justiça, acusado de ser responsável por três mortes durante os protestos no país rico em petróleo.

De acordo com testemunhas, López voluntariamente entrou em veículo blindado das forças de segurança para ser levado à justiça.

Com 41 anos, López, que teve sua carreira política interrompida por uma proibição de exercer cargos públicos em 2008, é um dos três líderes oposicionistas considerados radicais.

Usando o slogan "La Salida" (A Saída), López incentiva a tática de ocupar as ruas com protestos para forçar a saída do presidente Nicolás Maduro, em uma ação chamada de golpista pelos chavistas.

Esse método também gera discordância entre os próprios dirigentes da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), entre eles seu líder e ex-candidato presidencial Henrique Capriles, que adverte que "não há condições de pressionar a saída do governo".

Nascido em Caracas, em 29 de abril de 1971, ele estudou Economia na Universidade de Harvard. Em 2000, com 29 anos, recebeu 51% dos votos nas eleições para a Prefeitura de Chacao, a cidade mais rica da grande Caracas, e em 2004 reelegeu-se com 81% da votação.

Em abril de 2002 foi um dos vários políticos que convocaram as manifestações que resultaram em um golpe de Estado, que afastou por pouco tempo do poder o então presidente Hugo Chávez.

Agora, suas táticas de protestos levaram Maduro a responsabilizá-lo pelos três mortos e 66 feridos nas manifestações de universitários do dia 12, em Caracas.

Nesse dia, milhares de estudantes, acompanhados por López e outros líderes da oposição, marcharam contra a insegurança, a inflação, a escassez de produtos e a prisão de universitários.

O governo afirma que a violência registrada foi causada por "grupos de ultra-direita infiltrados", que querem provocar um golpe de Estado no país.

Exoneração

Mais cedo, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, exonerou o general Manuel Bernal, diretor do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin). Bernal reconheceu que membros do Sebin desobedeceram a ordem de ficar no quartel na última quarta-feira, 12.

Maduro admitiu no domingo que na passeata de estudantes e opositores em 12 de fevereiro, após a qual foram registrados atos de violência que deixaram 3 mortos, "um grupo de funcionários do Sebin descumpriram diretamente as ordens do diretor do Sebin desse dia de ficar no quartel e ninguém sair à rua".



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