Mãe é condenada a 16 anos por matar seus três filhos

A violinista Theresa Riggi, de 47 anos, esfaqueou seus dois gêmeos de oito anos e sua filha de cinco em meio

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Uma americana que matou seus três filhos em Edimburgo, na Escócia, foi sentenciada a 16 anos de prisão por homicídio culposo, sem intenção de matar.

A violinista Theresa Riggi, de 47 anos, esfaqueou seus dois gêmeos de oito anos e sua filha de cinco em meio a um desentendimento com o ex-marido sobre a guarda dos filhos.

Ela admitiu o homicídio culposo com responsabilidade diminuída em função de problemas mentais, mas negou a acusação original, de homicídio doloso.

Os gêmeos Austin e Luke, de oito anos, e a menina Cecilia, de cinco anos, foram encontrados mortos a facadas no apartamento da mãe, em Edimburgo, no dia 4 de agosto do ano passado.

Os quatro tinham se mudado da cidade de Skene, ao norte, para a capital escocesa após o divórcio de Theresa do executivo da indústria do petróleo Pasquale Riggi, o pai das crianças.

Dois dias antes do incidente, o ex-casal havia falado por telefone. Segundo os relatos apresentados na Alta Corte escocesa,Theresa perguntou ao ex-marido se ele levaria as crianças embora.

Quando ele respondeu que não tinha outra escolha, ela afirmou: "Então diga adeus a eles" e desligou o telefone.

Atos "grotescos"

Por volta das 15h do dia 4 de agosto, o gerente de construção Derek Knight, que estava próximo, ouviu uma explosão vinda do apartamento de Riggi, no segundo andar.

Ao chegar no local, percebeu que o gás que vazava do fogão e viu Theresa Riggi gritando na varanda. Segundo Knight, ela tinha dois cortes no pescoço e subia no parapeito. Ela pulou de cabeça, mas foi amparada na queda por um vizinho da família.

Segundo a polícia, cada criança foi esfaqueada oito vezes. O juiz do caso, lorde Bracadale, disse que o crime foi um ato "medonho e grotesco".

"O número e a natureza das feridas a faca em cada criança indica um grau perturbador de violência que, para causar a morte das três crianças, deve ter durado um período significativo de tempo. É difícil visualizar o ato físico de tais ações."

Theresa foi a princípio acusada de homicídio doloso triplo, mas a defesa conseguiu que a Justiça aceitasse a sua alegação de que ela sofre de distúrbios de personalidade.

Segundo o advogado de defesa do caso, Donald Finlay, a mãe sofre de distúrbios de personalidade como narcisismo, paranoia e histeria. "No momento da morte das crianças ela estava em meio a uma reação aguda de stress", alegou o advogado.

Theresa foi sentenciada a 18 anos de prisão, menos dois por ter confessado o crime no início da investigação. O juiz recomendou ainda que a mulher, natural da Califórnia, seja deportada de volta para os EUA ao final da pena.

Amor "genuíno, mas anormal"

Para o juiz, a mãe nutria pelos filhos um "amor genuíno, mas anormal e possessivo", e a concessão da responsabilidade diminuída não tira a responsabilidade de Theresa nela.

"O resultado desses atos é uma tragédia familiar devastadora. O pai das crianças, Pasquale Riggi, e o resto da família estão desolados com a perda das crianças", disse o magistrado.

Em comunicado, Pasquale Riggi disse que a "terrível maneira como minhas crianças morreram deixará uma marca indelével para o resto da minha vida".

"Como pai, meus instintos naturais estavam voltados para proteger meus filhos dos perigos deste mundo. Me dói no coração saber que fui incapaz de protegê-los deste ato egoísta, brutal e cruel que encerrou as suas vidas de maneira tão injusta."

No comunicado, o pai disse ainda que "não há justificativa para crime tão hediondo, repetido três vezes, nem há sentença que possa fazer justiça à morte de três vidas e do ressentimento e a devastação causada à família e aos amigos".



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