Maioria apoia pena de morte para autor de atentado em Boston

Outros 27% se opõem à possibilidade de impor a pena capital ao jovem de 19 anos

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Foto não datada de Dzhokhar Tsarnaev, divulgada pelo FBI | Reuters
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Cerca de 70% dos americanos são a favor da pena de morte para Dzhokhar Tsarnaev, acusado de ser coautor dos atentados de 15 de abril em Boston, caso seja condenado, segundo uma pesquisa publicada nesta quarta-feira pela rede ABC e o jonal Washington Post.

Outros 27% se opõem à possibilidade de impor a pena capital ao jovem de 19 anos, enquanto 3% preferem não opinar sobre o assunto.

Dzhokhar, detido depois que seu irmão Tamerlan foi morto em uma operação policial após os ataques em Boston, foi acusado em 22 de abril pelo governo americano pelo "uso de armas de destruição em massa" contra pessoas, o que pode levar o jovem a ser condenado à pena de morte ou à prisão perpétua.

Além disso, 74% dos americanos são a favor de que o suspeito seja julgado em um tribunal federal e não em uma corte militar, de acordo com a pesquisa.

A lei estabelece que o jovem não pode ser julgado por uma comissão parlamentar porque é um cidadão americano, mas alguns legisladores republicanos argumentaram que Dzhokhar deveria ter sido declarado "combatente inimigo" para ser interrogado durante um longo tempo antes de entrar no sistema de justiça ordinário.

A Casa Branca se opôs a esses argumentos e defendeu a decisão do Departamento de Justiça de permitir que uma juíza federal lesses seus direitos ao jovem três dias após ser detido.

Entre os indagados que apoiam a pena de morte para o suspeito, os brancos são os que mais respaldam, com 75% a favor, enquanto apenas 52% dos afro-americanos quer que se imponha essa medida, frente a 43% dos que se opõem.

Quanto aos hispânicos, 62% são a favor da pena de morte e 35% rejeitam.

Uma juíza federal em Boston disse nesta semana que, além de seus advogados de ofício, o sobrevivente dos irmãos Tsarnaev estará representado no julgamento por Judith Clarke, uma defensora muito experiente em casos de pena de morte.

Entre os clientes de Clarke se encontra Jared Loughner, que matou seis pessoas no tiroteio de janeiro de 2011 em Tucson (Arizona), onde ficou ferida a congressista democrata Gabrielle Giffords, e Theodore J. Kaczynski, conhecido como "Unabomber" pelas bombas que enviou às universidades, companhias aéreas e outras empresas entre 1978 e 1995.

A pesquisa se desenvolveu entre 24 e 28 de abril com mil adultos, e tem uma margem de erro de mais menos 3,5 pontos percentuais.



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