Mineiros presos no Chile querem professora

Em entrevista ao repórter da BBC Tim Wilcox, o terapeuta esportivo Jean Christophe Ramagnoli, afirmou que os trabalhadores reclamam da comida.

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Tubos por onde passarão cápsulas de resgate já chegaram à mina no Chile

Os 33 trabalhadores presos em uma mina no Chile há quase dois meses pediram a troca do treinador responsável por coordenar um programa de exercícios físicos para eles por uma mulher.

Em entrevista ao repórter da BBC Tim Wilcox, o terapeuta esportivo Jean Christophe Ramagnoli, afirmou que os trabalhadores reclamam da comida e do fato de o programa de exercícios físicos ser dado por um homem.

"Estou tentando conseguir uma treinadora, uma mulher, um pouco menos feia que eu, que terá uma recepção um pouco melhor entre os mineiros", disse Ramagnoli.

Ramagnoli não deu datas para a chegada da nova treinadora e informou apenas que está "tentando".

Os mineiros estão presos desde o dia 5 de agosto, quando o principal acesso ao túnel da mina ruiu. Eles conseguiram se abrigar em um refúgio a quase 700 metros de profundidade, com acesso limitado a água e comida

As equipes de resgate só conseguiram confirmar que eles estavam vivos mais de duas semanas depois do acidente.

Para enfrentar o longo período de soterramento e preparar os homens para a operação de resgate - na qual eles precisarão caber em uma cápsula estreita que vai passar por um túnel que está sendo perfurado - Ramagnoli envia para os mineiros instruções e séries de exercícios.

Ordem de saída

As perfuradoras que estão na mina em Copiapó, a cerca de 800 km ao norte da capital, Santiago, vão abrir um túnel de 70 centímetros de diâmetro pelo qual a cápsula vai trazer à superfície os 33 trabalhadores, um por um.

De acordo com o médico que supervisiona o tratamento dos mineiros, Jorge Díaz, será feita uma avaliação para saber qual dos trabalhadores sairá primeiro da mina.

Ele adiantou à BBC que um mineiro com problemas de saúde não será o primeiro a sair, já que é preciso que alguém com saúde perfeita suba antes que todos os outros na cápsula para testar o mecanismo.

"Geralmente recomendamos que aqueles que tem algum problema médico venham depois", disse o médico.

Logo depois do primeiro contato dos mineiros, os 33 trabalhadores tinham passado 17 dias com pouca alimentação. Médicos constataram que o grupo estava mal nutrido, abaixo do peso, com problemas para dormir, sem força e também com problemas dentários.

Atualmente a maioria destes problemas foi resolvida e, de acordo com Díaz, os homens voltaram a um peso adequado e, no geral, estão saudáveis, exceto por alguns problemas já existentes como doenças respiratórias ou diabetes.

A alimentação do grupo é controlada e enriquecida com suplementos de vitaminas. Os homens tem três refeições por dia - café da manhã às 8h30, almoço às 13h e jantar às 21h - intercaladas com lanches.

O cardápio varia todos os dias, mas, ainda assim, as calorias são controladas para manter os homens em forma e prontos para o resgate.



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