Soldado israelense é libertado após passar cinco anos em poder do movimento islâmico

Ele parecia cansado e espantado, tinha olheiras e respondia de maneira hesitante

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Gilad Shalit dá entrevista à TV do Egito nesta terça-feira | Divulgação
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O soldado israelense Gilad Shalit, libertado nesta terça-feira (18) após acordo entre o governo de Israel e o movimento islâmico Hamas, disse em sua primeira entrevista que está em boa saúde e espera que sua troca por prisioneiros palestinos ajude a levar à paz entre os dois povos no Oriente Médio.

Shalit, de 25, falou à TV egípcia, em local não divulgado.

Ele parecia cansado e espantado, tinha olheiras e respondia de maneira hesitante.

Respondendo por meio de um intérprete, Shalit disse que ficaria muito feliz se os palestinos ainda presos em prisões israelenses fossem libertados para voltar a suas famílias.

"É claro que eu sinto muita falta de minha família. E também de meus amigos", disse. "Espero que este acordo leve à paz entre palestinos e israelenses e que isso ajude na cooperação entre os dois lados."

Shalit foi solto na madrugada desta terça, no Egito, após um acordo entre Israel e o grupo islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, e levado a Israel.

O soldado israelense foi entregue a representantes do Egito, que intermediou o acordo, antes de ser levado a Kerem Shalom, no lado israelense da fronteira, pouco depois das 12h locais.

Ele foi levado de helicóptero para a base aérea de Tel Nof, sul do país, onde era aguardado pelos pais, assim como pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa Ehud Barak e o comandante do Estado-Maior, general Benne Gantz.

Um porta-voz de Netanyahu confirmou que o jovem se reuniu com a família. "Trouxe o filho de vocês de volta para casa", disse Netanyahu aos pais do soldado, segundo o porta-voz.

O estado de saúde de Shalit é "bom e satisfatório", disse o Exército de Israel, por meio do porta-voz general Yoav Mordechai.

Cinco anos

Shalit, de 25 anos, havia sido feito prisioneiro por milicianos do Hamas em 25 de junho de 2006 em uma posição militar israelense limítrofe com o sul do território palestino da Faixa Gaza. Foram cinco anos de cativeiro.

As imagens mostradas nesta terça são as primeiras dele desde 2009.

A libertação de Shalit foi possível após a Suprema Corte israelense dar aval nesta segunda-feira (17) ao acordo anunciado na semana anterior, ao rejeitar os recursos de parentes de vítimas de atentados.

Segundo o acordo, Shalit será trocado por 1.027 prisioneiros palestinos, dos quais 477 foram soltos nesta terça-feira.

Espera-se que a troca de prisioneiros ajude a reacender as negociações diretas de paz entre israelenses e palestinos, paralisadas há mais de um ano.

O Quarteto para o Oriente Médio, grupo diplomático que negocia a paz na região, pretende marcar para dia 26, em Jerusalém, conversas com representantes dos dois lados, separadamente, para preparar a retomada das negociações.

A tentativa de retomar o diálogo ocorre após a Autoridade Palestina ter pedido à ONU, em 23 de setembro, o reconhecimento de um Estado palestino. O Conselho de Segurança das Nações Unidas está avaliando o pedido.



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