Número de mortos em protestos na Líbia chega a 233

Milhares de pessoas vêm protestando contra o governo de Khadafi.

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O número de mortos nos quatro dias de protestos na Líbia chegou a pelo menos 233, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira (21) pela organização internacional Human Rights Watch, que monitora o conflito por meio de fontes que tem no país.

Segundo informações obtidas pela organização no hospital Al Jalaa em Benghazi, cidade que concentra grande parte das manifestações, 50 pessoas morreram apenas neste último domingo. Já o hospital 7 October relatou outras 10 mortes, chegando a 60 o número de vítimas contabilizadas na cidade em apenas um dia. Ainda, de acordo com a Human Rights Watch, não foi possível entrar em contato com outros dois hospitais de Benghazi.

Milhares de pessoas vêm protestando nos últimos dias na região leste do país contra o governo do coronel Muammar Khadafi, no poder há 42 anos.

Na noite deste domingo, o filho do coronel, Seif Al Islam Khadafi, falou na TV sobre a série de protestos contra o governo de seu pai e disse que "a Líbia não é o Egito nem a Tunísia". Ele também afirmou que a imprensa "exagera no número de mortos" e que "a revolução feita por meio do Facebook foi criada por pessoas fora do país".

"Muammar Khadafi não é Mubarak, não é Ben Ali. É um líder do povo", afirmou durante o discurso. "Meu pai está no poder e temos muitos que nos apoiam. Não deixaremos a Líbia, lutaremos até o último homem".

Al Islam disse que existe um movimento de oposição separatista que ameaça a união da Líbia como país. "Não irão nos separar. A Líbia tem petróleo. É isso que nos unifica", disse. Ele atribui o número de mortes à falta de preparo e treinamento do exército líbio para conter manifestações públicas e à histeria coletiva do povo, que quis enfrentar o exército. No discurso, ele confirmou que 84 pessoas foram mortas em na cidade de Benghazi.

Ele afirma que a imprensa exagera no número de mortos e sobre o que ocorre nas ruas. "Querem comparar o que acontece na Líbia com o que aconteceu em outros países recentemente. São grupos formados por sindicatos, partidos políticos e grupos islâmicos que estão por trás da violência. Sabemos o que desejam, que é separar a Líbia".

O filho de Khadafi disse também que estes partidos usaram árabes, africanos e imigrantes ilegais para espalhar o caos nas ruas. "Radicais islâmicos querem criar um emirado islâmico em Al-Bayda.Se a Líbia se partir, ela vai se dividir em pequenos emirados, o que nos levaria de volta ao que existia há 60, 70 anos".

Al Islam reiterou que não quer uma guerra civil. ?Estamos diante de uma grande prova. Somos todos iguais neste momento, até mesmo os vândalos nas ruas. Todos temos armas. Se entrarmos em guerra, nos mataremos na rua e a Líbia cairá?. Ele disse, também, que o "Ocidente não permitirá que os protestos, o terrorismo e a violência tenham impacto no petróleo".



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