Número de vítimas pelo cólera passa de 1 mil no Haiti

Epidemia se espalha em meio a aumento de segurança da Missão de Paz da ONU

Criança com sintomas do cólera | AP
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O número de mortos pela epidemia de cólera que atinge o Haiti superou nesta terça-feira a barreira dos mil. Segundo o balanço divulgado nesta terça-feira pelas autoridades de saúde, a epidemia deixou 1.034 mortos, enquanto o total de hospitalizados é de 16.799.

Enquanto isso, a Missão de Paz da ONU no país aumentou a segurança depois de violentos protestos terem deixado dois mortos no país nesta segunda-feira. Pelo menos um dos homens foi morto pelas forças de paz, enquanto o outro foi morto por disparos na segunda maior cidade do Haiti, Cap Haitien, durante confrontos, disse a polícia.

Segundo a ONU, o homem foi atingido na segunda maior cidade do Haiti, Cap Haitien, depois de disparar contra um soldado. Mas, de acordo com a AFP, um oficial local disse que o jovem foi atingido nas costas, e que os manifestantes estavam armados com pedras. Vários residentes locais e membros das tropas de paz ficaram feridos nos tumultos.

Segundo o Ministério da Saúde, a cólera está agora presente em todas as províncias do Haiti. A área mais atingida é a Província de Artibonite, onde pelo menos 629 pessoas morreram. Na capital Porto Príncipe, que foi severamente atingida pelo terremoto de janeiro, 38 mortes foram registradas, a maioria delas na favela de Cite Soleil.

Alguns dos manifestantes acusaram as forças de paz do Nepal de levar o cólera ao Haiti pela primeira vez em um século. Ramindra Chhettri, porta-voz do Exército nepalês, disse à AFP: "Estamos preocupados. Nossas posição estão sendo reforçadas, e a polícia haitiana estão ajudando as forças de paz a se proteger contra ataques."

Além de reivindicar que as forças de paz deixem o Haiti, os manifestantes acusaram o governo de deixar as pessoas morrerem.

A ONU disse não ter encontrado evidências que justifiquem a acusação contra os militares nepaleses, mas o tipo de cólera encontrado é compatível com um do sul da Ásia. O Exército do Nepal disse que testes provaram que as alegações relacionadas a suas tropas eram falsas.

Segundo a ONU, os culpados pela violência desta segunda-feira seriam agitadores políticos que estariam determinados a atrapalhar as eleições presidenciais e parlamentares marcadas para 28 de novembro.



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