Obeso, hipertenso e doença cardíaca: Com Covid, Trump é de alto risco

O presidente dos EUA e a mulher, Melania, estão infetados com coronavírus. Ambos fazem parte de grupos de risco. Saiba porquê.

Donald Trump comendo fast food | Reprodução
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Donald Trump anunciou que ele e a mulher, Melania Trump, estão infetados com o novo coronavírus esta sexta-feira. O anúncio do presidente norte-americano, que tantas vezes desvalorizou a pandemia da Covid-19, levantou logo uma série de questões relativas à sua saúde, uma vez que os últimos exames feitos a Trump mostram problemas de saúde que o colocam em vários dos chamados "grupos de risco" da doença: aqueles que têm maior risco de morrer da infeção com o novo coronavírus.

Ora vejamos: só pela idade, 74 anos, Trump já se encontra num dos grupos de risco identificados pela organização mundial de Saúde (OMS), que considera que qualquer pessoa acima dos 60 anos corre mais risco de vida devido à Covid-19.

O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) explica que doentes entre os 65 e 74 anos têm cinco vezes mais risco de serem hospitalizados devido à infeção pelo novo coronavírus e têm 90 vezes mais hipóteses de morrer com Covid-19, quando comprado com jovens entre os 18 e os 29 anos.

Também o peso não ajuda: Donald Trump é obeso. Com 110 kg, segundo o último exame feito em abril deste ano, e com 1,90 m de altura, a conta feita do Índice de Massa Corporal (IMC) do presidente dos EUA é de 30.5. Isto significa, segundo a OMS, que está no patamar da obesidade de grau 1 (é técnica e clinicamente obeso). Também segundo a CDC, a OMS (e autoridades de saúde de todo o mundo), a obesidade é fator de risco, porque triplica o risco de hospitalização em casos de doentes com Covid-19.

Vamos ao mais óbvio: Trump é homem e os doentes do sexo masculino, segundo um estudo da CDC, têm mais risco de morte ou de doença grave pela infeção com o novo coronavírus.

Fazendo as contas, até aqui Donald Trump já está incluído em vários grupos com maior risco de morte devido à Covid-19. Mas poderá haver outras condições que contribuem para que o presidente norte-americano corra mais perigo.

Donald Trump também é hipertenso. Há quatro meses registou tensão com os valores 121/79, que mostra tensão arterial ligeiramente elevada. Mais: tem níveis de colesterol alto e é fã assumido de fast-food, pelo que não fará a melhor alimentação possível. Aliás, mesmo medicado, até aumento os valores entre 2017 e 2018. Tudo isto contribui para complicações de saúde no caso de infeção pelo novo coronavírus.

Em 2018, o então médico do presidente, o Dr. Ronny Jackson, revelou que num raio-X ao coração, o presidente acumulação de placas de cálcio nas artérias. Com um valor de 133, isto indica que Trump sofre de doença cardíaca moderada (qualquer valor acima de 100 indica doença cardíaca presente). Mais um fator que o torna doente de risco.

Finalmente, haverá ainda outras doenças associadas que o presidente, alegadamente, quererá manter secretas. Em novembro do ano passado fez uma visita inesperada ao ao Centro Militar Médico Nacional Walter Reed e foi sujeito a uma bateria de exames que duraram mais de duas horas. Só em junho o médico de Trump se referiu ao episódio e apenas disse que "foi sujeito a mais exames na Casa Branca" após a visita àquele centro.

Melania também em risco

Apesar da idade (50 anos), Melania também corre maiores riscos devido à infeção com Covid-19. Doentes com Covid-19 entre os 50 e os 64 anos têm três vezes mais risco de hospitalização e 30 vezes mais hipóteses de morrer devido à doença.

Antiga modelo, Melania diz que mantém uma dieta saudável e pratica atividade física regular, o que contribuiu para ter menos problemas de saúde do que o marido.

No entanto, Melania poderá sofrer de doença renal. Em maio de 2018 foi sujeita a um operação "para um problema nos rins". A administração Trump não adiantou pormenores e classificou o procedimento como um de embolização, que consiste em usar um tubo numa artéria para cortar o fluxo de sangue em tumores. Segundo a CDC, pessoas com doença renal de qualquer grau têm risco acrescido de doença grave no caso de infeção pelo novo coronavírus, mas é pouco claro que o problema se mantenha ou a gravidade do mesmo.



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