Oposição denuncia massacre com mil mortes em 8 dias na Síria

Se confirmadas as mil mortes, elas seriam equivalentes a 10% do total de mortes na revolta popular síria, iniciada em março de 2011.

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A oposição síria denunciou nesta terça-feira que cerca de mil pessoas foram mortas em ataques do regime sírio nos últimos oito dias, informa a agência AP. A denúncia acontece no dia em que deveria iniciar um cessar-fogo entre as forças leais ao presidente Bashar al-Assad e oposicionistas, o que grupos rebeldes afirmam que não aconteceu.

Se confirmadas as mil mortes, elas seriam equivalentes a 10% do total de mortes na revolta popular síria, iniciada em março de 2011. Segundo o último levantamento divulgado pela ONU, no final de março, 9 mil pessoas já morreram em consequência dos embates entre forças do regime e oposicionistas.

Após derrubar os governos de Tunísia e Egito e de sobreviver a uma guerra na Líbia, a Primavera Árabe vive na Síria um de seus episódios mais complexos. Foi em meados do primeiro semestre de 2011 que sírios começaram a sair às ruas para pedir reformas políticas e mesmo a renúncia do presidente Bashar al-Assad, mas, aos poucos, os protestos começaram a ser desafiados por uma repressão crescente que coloca em xeque tanto o governo de Damasco como a própria situação da oposição da Síria.

A partir junho de 2011, a situação síria, mais sinuosa e fechada que as de Tunísia e Egito, começou a ficar exposta. Crise de refugiados na Turquia e ataques às embaixadas dos EUA e França em Damasco expandiram a repercussão e o tom das críticas do Ocidente. Em agosto a situação mudou de perspectiva e, após a Turquia tomar posição, os vizinhos romperam o silêncio. A Liga Árabe, principal representação das nações árabes, manifestou-se sobre a crise e posteriormente decidiu pela suspensão da Síria do grupo, aumentando ainda mais a pressão ocidental, ancorada pela ONU.

Mas Damasco resiste. Observadores árabes foram enviados ao país para investigar o massacre de opositores, sem surtir grandes efeitos. No início de fevereiro de 2012, quando completavam-se 30 anos do massacre de Hama, as forças de Assad iniciaram uma investida contra Homs, reduto da oposição. Pouco depois, a ONU preparou um plano que negociava a saída pacífica de Assad, mas Rússia e China vetaram a resolução, frustrando qualquer chance de intervenção, que já era complicada. De acordo com cálculos de grupos opositores e das Nações Unidas, pelo menos 9 mil pessoas já morreram desde o início da crise Síria.



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