Primeiro prédio erguido no Haiti depois do terremoto é um orfanato

Abrigo foi concluído em 14 de janeiro, dois dias após o tremor que devastou o país

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Crianças do orfanato haitiana. | r7
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O primeiro prédio construído no Haiti, depois do terremoto, é um orfanato feito pela Companhia de Engenheiros da Força de Paz da ONU (Organização das Nações Unidas).

Erguido com dinheiro doado pelos próprios soldados lotados na área de engenharia brasileira, o orfanato foi concluído em 14 de janeiro, dois dias após o tremor de terra que devastou o país caribenho.

O terremoto derrubou o muro que cerca o prédio, mas não abalou a sua estrutura. Os pedreiros que trabalham para a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti refizeram a obra, sob a orientação dos engenheiros brasileiros.

Turma da Mônica

O orfanato fica em Croix-Des-Bouquets, subúrbio da capital Porto Príncipe. O prédio tem instalações simples, com teto de zinco.

São dois quartos com beliches, dois banheiros, cozinha e uma sala de aula decoradas com pinturas da Disney, como o Mickey Mouse e o Pato Donald, e as criações de Mauricio de Souza: Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali. O pátio ainda está apenas com brita.

O prédio abriga 32 crianças sem pais, de acordo com Suze Sanon, a responsável pelo orfanato. A diretora haitiana disse que a abertura foi necessária porque há muitos menores abandonados no país.

- No Haiti, temos muitas crianças que ficam sozinhas nas ruas. Elas não têm onde dormir, comer. Precisam de um abrigo.

Depois do terremoto, o número de pedidos de abrigo para crianças no orfanato aumentou. Uma das crianças que vive lá chama-se Carlos. Ele diz não saber qual é o seu sobrenome, mas diz gostar de futebol, do Brasil e do Kaká.

Suze diz lamentar que a adoção no Haiti enfrenta a burocracia e até a corrupção. Isso, diz ela, dificulta o processo de adoção.

- Eles se divertem com tudo. Basta um olhar para eles abrirem um sorriso.

Antes da construção do novo prédio, o orfanato funcionava em instalações provisórias precárias. Não havia banheiro e a comida era feita sem as mínimas condições de higiene, relata o enfermeiro Edilon Ferreira de Souza, subtenente que serve há sete meses no Haiti.



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