Quase 150 pessoas se mataram na Itália em 2013 por crise financeira

A Universidade estuda há mais de dois anos o fenômeno dos suicídios

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Um total de 149 pessoas se suicidou na Itália em 2013 devido a problemas financeiros, um notável aumento em relação aos 89 casos registrados em 2012, diz um relatório publicado neste sábado pelo Laboratório de Pesquisas Sócio-Econômicas da Link Campus University de Roma.

A Universidade estuda há mais de dois anos o fenômeno dos suicídios relacionados a problemas econômicos e hoje publica os dados sobre o acompanhamento desses casos.

Segundo o estudo, em 2013 uma pessoa se matou por causas econômicas a cada dois dias e meio.

O relatório explica que 45,6% dos que decidiram pôr fim à vida em 2013 por causas financeiras eram empresários (68 casos em 2013 e 49 em 2012), mas que, em comparação a 2012, aumentou especialmente o número de vítimas entre os desempregados, que em 2013 foram 58, em relação aos 28 casos do ano anterior.

Depois do verão europeu passado, acrescenta o relatório, o número de suicídios por razões econômicas "subiu vertiginosamente".

O fenômeno não demonstra diferenças geográficas, mas o maior número de suicídios se registrou no nordeste do país (12 casos em 2012 e 35 em 2013), região com maior frequência de suicídios de empresários devido à maior densidade industrial.

O estudo aponta que a falta de dinheiro e a situação das dívidas impagáveis é a principal razão da maioria das pessoas que decidiram se suicidar, 72,5% em 2013, ou 108 casos.

A perda de postos de trabalho continua sendo a segunda causa de suicídio, com 26 episódios registrados em 2013, enquanto a dívida com o Estado representou a razão do suicídio de 13 pessoas. EFE



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