Reino Unido quer bloquear sexo on-line para proteger crianças

O governo do Reino Unido pretende bloquear a pornografia na internet para proteger as crianças

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O governo do Reino Unido pretende bloquear a pornografia na internet para proteger as crianças, que estão cada vez mais expostas a esse conteúdo.

O secretário de Estado de Comunicações britânico, Ed Vaizey, convocará uma reunião no mês que vem entre os principais provedores de banda larga, entre eles BT, Virgin Media e TalkTalk, aos quais pedirá que mudem a forma como a pornografia chega aos lares britânicos.

Segundo o jornal "The Sunday Times", em vez de serem os pais a controlarem o acesso dos filhos à pornografia, ela será bloqueada na fonte, e os adultos que quiserem acessá-la terão de solicitá-la expressamente.

O governo quer que os provedores de serviços de internet utilizem tecnologia similar à utilizada para impedir que os usuários da internet se vejam expostos sem desejá-lo à pornografia infantil.

Os sites pornográficos serão bloqueados na origem, a menos que um usuário expressamente queira receber esse tipo de conteúdo.

O provedor TalkTalk introduzirá no ano que vem um novo serviço gratuito que permite aos usuários controlar o acesso à internet, especificando quais sites para adultos querem receber ou aplicando uma classificação por idades como a que existe no cinema.

Segundo uma enquete da revista "Psychologies", uma em cada dez crianças britânicas de dez anos já viu pornografia na internet.

"É algo muito sério. Acho que é importante que os provedores de serviços de internet proponham soluções para proteger as crianças", disse o secretário de Estado de Comunicações.

Segundo a deputada conservadora Claire Perry, que fez forte lobby a favor de o Governo legislar nessa matéria, "a indústria não vai se autorregular" se não for obrigada.

Já a Associação de Provedores de Serviços de internet contestou a medida. Segundo ela, um bloqueio como o proposto seria caro e difícil de operar.

No entanto, Miranda Suit, cofundadora da ONG Safermedia, afirma que tecnicamente é possível, como o demonstra o fato de que os provedores tenham começado a eliminar a pornografia infantil após as pressões feitas pelo governo.

"No passado, a pornografia na internet era considerado um assunto moral ou de gostos, mas se transformou em um tema de saúde mental, porque sabemos o dano que causa às crianças. Já assistimos a comportamentos sexuais perversos entre elas. Legislar nessa matéria é factível e justificável", defendeu Suit.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Avalie a matéria:
Tópicos
SEÇÕES