Reino Unido recebe críticas após veto ao plano de socorro europeu

O pacto tem como objetivo acalmar os mercados financeiros.

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A decisão britânica de não se unir ao pacto para coordenação fiscal e disciplina orçamentária entre os países da União Europeia (UE) provocou fortes críticas por parte de comentaristas e políticos europeus.

O pacto, anunciado durante uma reunião de cúpula entre os líderes da UE terminada na sexta-feira, tem como objetivo acalmar os mercados financeiros sobre a crise das dívidas europeias. O tratado teve apoio de 26 dos 27 países do bloco --apenas o Reino Unido ficou de fora.

Para muitos analistas, a decisão britânica não chega a ser uma surpresa, já que o país, um dos dez do bloco que não adotaram o euro como moeda, vem se mantendo cada vez mais à margem do projeto europeu.

Na Alemanha, maior economia da UE e país que liderou o novo pacto ao lado da França, grande parte da fúria é dirigida ao primeiro-ministro britânico, David Cameron.

Alexander Graf Lambsdorff, líder do partido de centro-direita FDP, que faz parte da coalizão governista, chegou a afirmar que "foi um erro deixar que os britânicos entrassem na União Europeia".

Para ele, a Grã-Bretanha terá agora que renegociar sua relação com a UE. "Seja por vontade própria deles (dos britânicos) ou por uma recriação da UE sem o Reino Unido", afirmou. Segundo ele, o modelo da Suíça, que não faz parte da UE, mas tem vários tratados bilaterais com o bloco, poderia ser adotado pelo Reino Unido.

Outros veem o resultado da cúpula desta sexta-feira como um processo que simplesmente revela os pontos de rompimento e as profundas diferenças em atitudes sobre a Europa.

O comentarista italiano Alessio Sgherza afirmou no diário "La Repubblica" que a cúpula "afundou por causa da divisão ainda não resolvida entre os Estados pró-europeus e os euro-céticos".

O deputado europeu Daniel Cohn-Bendit, co-líder dos Verdes no Parlamento Europeu, classificou David Cameron de "covarde" por sua posição na cúpula.

O deputado democrata-cristão alemão Elmar Brok, porta-voz de política externa para os partidos de centro-esquerda no Parlamento europeu, foi claro sobre seus sentimentos: "Se ele não está preparado para jogar de acordo com as regras, então é melhor que cale a boca".



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES