Repressão e combate na Síria matam 23 pessoas neste domingo

Violência continua após um mês da fracassada trégua imposta pela ONU.

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A repressão e os combates entre tropas leais ao regime sírio e desertores afiliados à oposição deixaram pelo menos 23 mortos neste domingo (13) na Síria, segundo a oposição, um mês depois da entrada em vigor do fracassado cessar-fogo patrocinado pela ONU.

"Cinco civis, incluindo uma mulher, morreram e outros 18 ficaram feridos, três deles gravemente, por disparos das forças governamentais, na localidade de Tamanat al-Ghab, na região de Hama" (centro), disse o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Segundo ainda o OSDH, o exército incendiou muitas moradias do povoado.

Mais ao sul, um civil morreu por disparos das forças governamentais em Dmeir, a 40 km de Damasco, e um outro foi vítima de um franco-atirador em Duma, a 13 km de Damasco, também informou o OSDH.

Também em Duma, o chefe rebelde Abu Adi morreu durante combates noturnos contra os soldados do regime dopresidente Bashar al Assad, segundo a mesma fonte.

Na província de Deir Ezzor (leste) um oficial desertor morreu na madrugada em uma emboscada das forças regulares, disse o OSDH.

Os Comitês locais de coordenação (LCC, oposição), que estimulam a contestação no terreno, relataram bombardeios em Duma, que deixaram outros mortos.

Em várias localidades da província de Damasco, houve enfrentamentos, disse o OSDH, que contabiliza mais de 900 mortos desde o cessar-fogo, das quais 700 seriam civis. Em quase 14 meses, a repressão e os combates deixaram mais de 12 mil mortos, em sua maioria civis.

O regime do contestado presidente Bashar al Assad garante lutar contra "grupos terroristas", a quem atribui a resposabilidade pelos ataques que têm abalado o país desde dezembro do ano passado.

Vários atentados, incluindo o que deixou 55 mortos na quinta-feira em Damasco, têm sido reivindicados pelo grupo extremista Al-Nosra, desconhecido até o início da revolta.

Para Damasco, esses atentados levam a "marca da Al-Qaeda".

O coronel Riad Asaad, chefe do Exército Sírio Livre (ESL), composto principalmente por desertores, afirmou ao jornal Al Rai, do Kwait, que "se for verdade que a Al-Qaeda está presente na Síria, isso só foi possível com a cooperação dos serviços de inteligência" sírios.

Por fim, ao menos três pessoas morreram neste domingo no norte do Líbano, em confrontos que começaram ontem entre grupos hostis e adeptos à revolta no país vizinho, de acordo com fontes das forças de segurança.



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