Síria assina acordo que permite visita de observadores no país

A Liga havia dado o prazo até quarta-feira para que a Síria assinasse o plano

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A Síria assinou nesta segunda-feira, no Cairo, o acordo da Liga Árabe que prevê a entrada de observadores internacionais no país, como parte do esforço internacional para pôr fim à repressão do regime sírio aos protestos populares que, desde meados de março, pedem a saída do ditador Bashar Assad.

O ministro sírio das Relações Exteriores, Wallid Muallem, disse a repórteres no Cairo que o acordo foi assinado após a Liga aceitar condições exigidas pela Síria. As condições não foram imediatamente divulgadas.

Um membro da organização confirmou, em condições de anonimato, que vice-ministro sírio das Relações Exteriores, Faisal Mekdad, assinou o texto na presença do secretário-geral do bloco, Nabil Elaraby.

Wallid Muallem afirmou que a assinatura do acordo é "o começo de uma cooperação entre nós e a Liga Árabe". "Nós receberemos com satisfação a delegação dos observadores que representam os países árabes", acrescentou, durante uma coletiva de imprensa.

Entre outros pontos, o acordo prevê a retirada das forças de segurança sírias das ruas, a libertação de prisioneiros políticos e o início do diálogo com a oposição, além da entrada de observadores internacionais no país para acompanhar a aplicação do plano.

A Liga havia dado o prazo até quarta-feira para que a Síria assinasse o plano. Caso contrário, o grupo avaliava pedir uma ação do Conselho de Segurança da ONU para interromper a repressão do regime sírio ao levante popular.

No fim de semana passado, um grupo da Liga para negociação sobre a Síria reunido em Doha, no Qatar, propôs uma reunião com os ministros árabes de Exteriores na quarta-feira para decidir sobre o assunto.

No domingo, o ministro das Relações Exteriores de Omã, Yussef ben Alaui, membro do comitê ministerial responsável pela aplicação do plano árabe, havia indicado que a Síria poderia "assinar nas próximas 24 horas" o protocolo.

O chefe do comitê árabe para a Síria, o primeiro-ministro do Qatar, Hamad bin Jassem Al Thani, também disse à emissora Al Arabiya ter "recebido informações que indicam que ele [o ditador sírio, Bashar Assad] assinaria [o plano]".

O xeque Hamad havia declarado no sábado que a Liga Árabe pensava em recorrer ao Conselho de Segurança da ONU diante da negativa síria de aceitar o plano de saída para a crise, elaborado pelos países do bloco.

No dia 5 de dezembro, as autoridades sírias anunciaram que aceitavam assinar o acordo para envio de observadores ao país, mas com uma série de condições que foram recusada pela Liga Árabe.

O bloco árabe havia concordado em aplicar sanções econômicas a Damasco em represália.

Uma fonte diplomática árabe informou no domingo à agência Efe que o regime sírio havia pedido a anulação de todas as decisões da Liga, que desde 12 de novembro suspendeu a participação do país na organização.

A ONU calcula que mais de 5.000 pessoas já morreram desde o início, em meados de março, da repressão síria aos manifestantes que pedem a saída do ditador Bashar Assad.



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