Sob vaias, Cameron defende sua ação em escândalo de grampos

Cameron fez uma declaração acompanha de muitas vaias dos parlamentares na Câmara dos Comuns.

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O primeiro-ministro britânico, David Cameron. | Reprodução
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O primeiro-ministro britânico, David Cameron, foi ao Parlamento nesta quarta-feira para esclarecer suas ações e envolvimento com o escândalo de escutas ilegais e propinas a policiais alegadamente feitas pelo tabloide "News of the World".

Cameron fez uma declaração acompanha de muitas vaias dos parlamentares na Câmara dos Comuns e forçou o presidente da Casa a interromper o primeiro-ministro e pedir silência --um sinal de que a polêmica das práticas ilegais do tabloide já afetam-no diretamente.

O momento mais tenso foi quando Cameron explicou a contratação de Andy Coulson, ex-editor do tabloide na época das escutas, para ser seu diretor de Comunicações e porta-voz.

Coulson é suspeito de ter aprovado o uso das escutas ilegais e do pagamento de propina aos policias por seus jornalistas em troca de informação exclusiva. Ele chegou a ser detido na semana passada para prestar depoimento à polícia.

Cameron defendeu o bom trabalho de Coulson como seu porta-voz e disse que não houve nenhuma reclamação da forma como trabalhava à época. Ele disse ainda que acredita na premissa de que as pessoas são inocentes até que se prove o contrário.

Ele, contudo, se afastou das denúncias e disse que, caso seja comprovado o envolvimento do ex-editor, ele terá mentido a todos.

"Se for comprovado que Coulson está envolvido nas escutas ilegais, ele terá mentido não só para mim, mas para a polícia e para o comitê [de Cultura Mídia e Esportes, que investiga os grampos]. Ele enfrentará todas as acusações", ressalvou Cameron, acrescentando que, neste caso, Coulson "deverá grandes desculpas".

Cameron disse ainda que sente muito pelo "furor" que a contratação de Coulson causou. "Eu nunca ofereceria a ele o cargo e eu espero que ele não teria aceitado se soubesse o que aconteceria. Mas você não faz decisões com base no futuro e sim no presente. Você vive e você aprende e, acreditem em mim, eu aprendi", disse.



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