Tensão: paramilitares tomam o Palácio Presidencial no Sudão

As Forças de Apoio Rápido (FAR) afirmam ter assumido o comando do palácio presidencial e do aeroporto. Durante a madrugada, a cidade de Cartum tem sido palco de disparos e explosões.

Durante os conflitos na capital sudanesa, uma densa fumaça se eleva sobre os edifícios próximos ao aeroporto de Cartum | AFP
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Neste sábado (15), os paramilitares sudaneses afirmaram ter assumido o controle do Palácio Presidencial e do Aeroporto Internacional de Cartum, a capital que foi abalada por tiroteios e explosões durante a madrugada. Esse evento ocorreu em um contexto de rivalidade entre os dois generais que lideraram o golpe de 2021. 

Antony Blinken, Secretário de Estado dos EUA, pediu um "cessar imediato" da violência no Sudão e expressou sua profunda preocupação com o conflito em sua conta no Twitter. Pelo menos três civis foram mortos nos confrontos. 

O grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (FAR), liderado pelo general Mohamed Hamdan Daglo (conhecido como "Hemedti"), chamou a população e militares para se unirem contra o exército liderado pelo general Abdel Fatah al Burhan, o líder de facto do Sudão desde o golpe de 25 de outubro de 2021. 

Durante o golpe de dois anos atrás, Hemedti e Burhan se uniram para depor os civis do poder, mas com o tempo, as tensões entre eles aumentaram.

Rumores sobre um possível confronto entre os dois lados circulavam há alguns dias, e no sábado a cidade de Cartum foi abalada por explosões e disparos de armas pesadas e leves. Horas depois, as Forças de Apoio Rápido (FAR) anunciaram a tomada de vários locais estratégicos no país, incluindo o aeroporto internacional de Cartum, o palácio presidencial e um aeroporto no norte do país, além de outras bases em diferentes províncias. Eme

As FAR dirigiram-se aos militares, assegurando que não são contra eles, mas sim contra o seu Estado-Maior, que utiliza os militares para se manter no poder, colocando em risco a estabilidade do país. Enquanto isso, os habitantes de Cartum se mantêm trancados em suas casas, preocupados com a escalada de tensões entre os militares.

O embaixador dos EUA no Sudão, John Godfrey, expressou sua preocupação com a situação, pedindo que o alto comando militar ponha fim aos confrontos. Por sua vez, o exército regular negou as acusações das FAR e afirmou que os combates começaram quando as FAR atacaram bases militares em Cartum e outras localidades do país, alegando que estão cumprindo seu dever de proteger a pátria.



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