Tensão: Protestos terminam em confronto na Tunísia

Agentes lançaram gás lacrimogêneo contra os manifestantes, que responderam com pedras e garrafas.

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A tropa de choque de Túnis entrou em confronto nesta segunda-feira com centenas de manifestantes que desafiaram o toque de recolher e permaneceram durante a noite diante do Palácio do Governo para exigir que os ministros do antigo Executivo deixem seus cargos, informaram testemunhas à Agência Efe.

Os agentes lançaram gás lacrimogêneo contra os manifestantes, que responderam com pedras e garrafas na praça situada em frente ao escritório do primeiro-ministro, na velha medina de Túnis.

Após vários minutos de tensão, a calma foi retomada depois da intervenção dos militares deslocados ao Palácio de Governo, que fizeram a intermediação entre policiais e manifestantes.

Centenas de pessoas mantiveram nesta segunda-feira o protesto que havia sido iniciado com 2 mil pessoas neste domingo diante do escritório do Primeiro-ministro da Tunísia, Mohamed Ghannouchi.

"Não sairemos daqui até que o Governo caia", afirmavam os manifestantes, que se organizaram com sacos de dormir e barracas para passar a noite na praça situada em frente ao histórico edifício que acolhe as reuniões do Executivo.

A maioria dos manifestantes que continuaram o protesto apesar do início do toque de recolher são membros da chamada "Caravana da libertação", que chegou no domingo a Túnis procedente do interior do país para aderir aos protestos da capital.

A caravana, integrada por cerca de 200 ônibus, caminhonetes e caminhões saiu no sábado da região de Sidi Buzid, onde começaram as revoltas sociais que forçaram a saída do presidente Zine al Abidine Ben Ali, depois que o vendedor ambulante Mohammed Bouazizi incendiou o próprio corpo no dia 17 de dezembro.

Muitos habitantes da medina levaram sanduíches, água e café aos manifestantes para que pudessem passar a noite.

Nesta segunda-feira devem chegar à capital outras centenas de pessoas que saíram neste domingo de outras regiões do país, como Kaserin e Gafsa, no centro-oeste, para participar dos protestos.

Além disso, o sindicato dos professores convocou uma greve nos centros de educação primária nesta segunda-feira, o dia em que em princípio deveriam ser retomadas as aulas em todo o país após semanas de suspensão.



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