Ucranianos afirmam ter conseguido impedir uma invasão russa ao país

O comunicado informou que os militares ucranianos usaram aviões, forças em terra e seu batalhão aeromóvel na operação.

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Os militares ucranianos destacaram neste sábado soldados paraquedistas para repelir uma tentativa de invasão de forças russas a uma região adjacente à Crimeia, afirmou o Ministério da Defesa da Ucrânia.

"Unidades das forças armadas da Ucrânia repeliram neste sábado (15) uma tentativa de homens das forças armadas da Federação Russa de entrar no território da região de Kherson, em Arbatskaya Strelka", afirmou o ministério em comunicado. "A tentativa foi repelida imediatamente."

O comunicado informou que os militares ucranianos usaram aviões, forças em terra e seu batalhão aeromóvel na operação. O território em questão é uma longa faixa de terra paralela à península da Crimeia, agora controlada por forças russas.

O ministério ucraniano das Relações Exteriores pediu a retirada imediata destas forças e ameaçou responder "por todos os meios para deter qualquer invasão militar".

Os ucranianos da Crimeia denunciaram neste sábado que as autoridades separatistas falsificarão os resultados do referendo que será realizado neste domingo para garantir a vitória da reunificação com a Rússia. "Na Crimeia, nunca houve eleições limpas. A falsificação já está acontecendo. Tenho certeza de que os resultados do referendo serão manipulados", afirmou à Agência Efe o presidente da Comunidade Ucraniana da Crimeia, Vladislav Khmelovsky.

"Tenho certeza de que a comunidade democrática internacional não reconhecerá os resultados, da mesma forma que a Ucrânia, e apenas a Rússia considerará a consulta separatista como legal", acrescentou.

Khmelovsky fez essas afirmações após um comício de protesto em Simferopol, capital crimeana, organizado pela minoria ucraniana, que representa 25% da população da península. "Boicote ao referendo", "Crimeia é Ucrânia", "Não à ocupação russa" ou "Paz na Crimeia" são frases escritas em cartazes exibidos pelos manifestantes em um ato que reuniu cerca de cem pessoas.

O comício, no qual foram vistas várias bandeiras ucranianas, terminou com o hino nacional, que os presentes entoaram com a mão no peito, e o "Glória à Ucrânia", lema rejeitado pela maioria russa da Crimeia.

Um dos manifestantes denunciou o desaparecimento nos últimos dias de vários ativistas pró-ucranianos contrários à realização do referendo.

"Os crimeanos não querem nenhum cataclismo em suas vidas nem nenhum fato que possa pôr em perigo a paz e a convivência étnica. Devemos nos desenvolver dentro do Estado ucraniano. No Estado democrático ucraniano, os direitos das minorias são respeitados", destacou Khmelovsky.

O líder da minoria ucraniana teme que, assim que o território romper laços com a Ucrânia, explodam enfrentamentos civis e a Crimeia se transforme em um novo foco de tensão no mundo.

"Deus não queira isso. O futuro da Crimeia me alarma. Um grupo nacional majoritário não pode impor sua vontade ao restante. A cisão não permitirá a prosperidade e o crescimento econômico. A Crimeia será um reduto de separatismo e antagonismo étnico", encerrou.



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