UE nega pressionar Portugal por pedido de resgate

UE nega pressionar Portugal por pedido de resgate

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Autoridades europeias negaram notícias "absolutamente falsas" de que Portugal estaria sob pressão para buscar um resgate financeiro, e a Espanha descartou a necessidade de ajuda para administrar suas finanças.

Segundo o Financial Times Deutschland, que não identificou suas fontes, alguns Estados da zona do euro querem que Portugal peça ajuda para evitar que a Espanha - quinta maior economia da Europa - tenha problemas semelhantes. "Se Portugal fosse usar o fundo (de resgate da UE), seria bom para a Espanha, porque o país está altamente exposto a Portugal", disse ao jornal uma fonte do Ministério das Finanças alemão.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, disse que a reportagem é "absolutamente falsa, completamente falsa" e que não foram feitos pedidos nem sugestões de um plano de ajuda a Portugal.

A notícia também foi refutada por Portugal, cujas dificuldades para cumprir metas fiscais aumentaram as dúvidas dos investidores sobre a credibilidade de sua estratégia de consolidação.

O Parlamento português aprovou nesta sexta-feira um orçamento rigoroso para 2011, criado com o objetivo de diminuir as preocupações e reduzir o déficit orçamentário para 4,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Para este ano, é projetado um déficit de 7,3%.

O Ministério das Finanças da Alemanha rejeitou que haja pressão sobre Portugal. "Exercer pressão não é um mecanismo que é previsto pelo escudo de resgate da zona do euro", disse um porta-voz do Ministério.

Uma fonte do governo espanhol também negou que Madri esteja coagindo Lisboa para buscar ajuda após o pedido de resgate da Irlanda, que deve pôr fim a sua crise de dívida e impedir que ela se espalhe ao resto da zona do euro. Dublin deve acertar os termos de um acordo de 85 bilhões de euros até o início da semana que vem, disse o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble.

O governo irlandês disse estar confiante sobre a aprovação do Orçamento de austeridade no próximo mês, para cumprir as exigências do pacote de resgate da UE e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Porém, o governo reconheceu sua derrota nas eleições suplementares ao Parlamento nesta sexta-feira, enfraquecendo ainda mais as chances do premiê Brian Cowen aprovar cortes de gastos e aumentos de impostos no total de 15 bilhões de euros, condição necessária para a obtenção do resgate.



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