Venezuela corta relações com a Colômbia

Tropas venezuelanas estão em alerta na fronteira, afirmou presidente

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Maradona e Chavez | AFP
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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou nesta quinta-feira (22) que a Venezuela rompeu relações com a vizinha Colômbia.

Segundo Chávez, o motivo foi o fato de a Colômbia ter solicitou, na OEA (Organização dos Estados Americanos), a formação de uma comissão internacional para verificar a suposta presença de guerrilheiros colombianos em território da Venezuela.

"Não temos outra escolha senão, pela nossa dignidade, cortar totalmente nossas relações com a nação irmã da Colômbia", disse ao vivo na TV estatal, durante entrevista ao lado do craque argentino Maradona, que visita o país.

Ele afirmou que as acusações da Colômbia eram uma "agressão" inspirada pelos Estados Unidos e afirmou que estava ordenando "um alerta máximo" ao longo da fronteira de seu país com sua vizinha andina.

"(O presidente da Colômbia, Álvaro) Uribe é um doente e está cheio de ódio. Alerto à comunidade internacional que nós não aceitaremos nenhum tipo de agressão nem de violações à nossa soberania ... eu teria que ir chorando para uma guerra na Colômbia, mas teria que ir", alertou.

O motivo imediato do rompimento, segundo Chávez, foi a atitude da diplomacia colombiana durante reunião extraordinária na OEA. A Colômbia. denunciou a presença na Venezuela de 1.500 guerrilheiros e dezenas de acampamentos, o embaixador colombiano Luis Hoyos pediu "a constituição de uma comissão internacional para visitar esses sítios", onde estariam os rebeldes.

A comissão seria integrada por representantes da ONU, dos países membros da Organização de Estados Americanos (OEA) e da imprensa.

Hoyos afirmou que a Venezuela não deveria questionar a comissão, já que afirma que as denúncias "são mentirosas e fazem parte de uma montagem"

Segundo o representante colombiano, há uma certa urgência em relação aos trabalhos dessa comissão, pelo que deveria ser constituída nos próximos 30 dias, para evitar que guerrilheiros das Farc e do ELN desativem os acampamentos.

O embaixador da Venezuela, Roy Chaderton, rejeitou a possibilidade de criação dessa comissão.

"Seria aberto um precedente curioso (...), pelo que passaríamos a nos dedicar a visitar cada um dos países vizinhos para nos pronunciarmos sobre problemas de ordem interna", disse Chaderton.

Segundo o representante da Colômbia na Organização dos Estados Americanos (OEA), grupos guerrilheiros estão "consolidados" e "ativos" em território venezuelano

Durante reunião do organismo, em Washington, o representante colombiano na OEA, Luis Hoyos, denunciou a "presença consolidada, ativa e crescente destes grupos terroristas no país irmão da Venezuela".

Hoyos apresentou nesta quinta-feira ao organismo continental um extenso dossiê com "coordenadas precisas, dados muito contundentes" que provariam a presença de grupos guerrilheiros colombianos na Venezuela.

Após o anúncio de Chávez, Hoyos qualificou de "errônea" a decisão e partiu para a ironia.

"A Venezuela deveria "romper relações com os grupos criminosos", disse Hoyos.

O embaixador colombiano lamentou que o país "prefira aderir ao expediente de insultar, romper ligações com um governo constituído".



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