Palmeirense agredido reclama da falta de apoio da diretoria

Volante ressalta que maior força veio da atitude de Kleber, e não da diretoria

O torcedor se chama Wellington e, assim como o atleta, registrou um boletim de ocorrência | Reprodução
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Dois dias depois de ter sido agredido por um grupo de torcedores do Palmeiras em frente ao clube, o volante João Vitor quebrou o silêncio e falou pela primeira vez sobre a confusão. Ainda receoso, o jogador afirmou à TV Globo que não provocou a situação e que agora só anda com um segurança particular para evitar qualquer novo problema. Ele também admitiu que esperava mais apoio da diretoria após o ocorrido, mas que a força veio mesmo dos jogadores.

A confusão aconteceu na última terça-feira, quando o jogador deixava a loja oficial do Palmeiras, no Palestra Itália. Segundo o atleta, um torcedor o viu e começou a xingá-lo e cobrá-lo sobre o desempenho do time. João Vitor disse que a cobrança deveria ser feita no CT do Palmeiras e não na rua, mas foi ignorado e acabou tendo seu carro chutado. Logo outros torcedores se uniram e agrediram o jogador e duas pessoas que o acompanhavam.

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- Eu estava com meu cunhado e um amigo. Falei que não queríamos confusão. Ele continuou chutando o carro e meus amigos saíram porque viram o que estava acontecendo. Ele tomou a atitude e veio para cima da gente ? afirmou o volante, que ainda tem marcas das agressões nos braços, pernas e na boca.

O torcedor se chama Wellington e, assim como o atleta, registrou um boletim de ocorrência. Na quarta-feira, João Vitor, que se recupera de lesão, não foi para a fisioterapia e passou o dia com a esposa e o filho. Só nesta quinta-feira pela tarde ele saiu de casa para ir ao treino na Academia de Futebol.

- Agora ando com segurança porque fiquei preocupado.

O atleta lamentou o fato de não ter sido procurado pela diretoria palmeirense. Ele contou que representantes do Alviverde o acompanharam ao hospital, depois do ocorrido, mas ninguém o procurou para conversar. João Vitor falou que recebeu ligações de alguns atletas do clube que queriam saber como ele estava. O volante ficou sensibilizado com a atitude de Kleber que, após o ocorrido, discutiu com a diretoria por mais segurança e acabou afastado do grupo.

- Ninguém falou comigo, então resolvi me resguardar um pouco. O Palmeiras ficou do meu lado no hospital, mas quem mais me apoiou foram os jogadores. O grupo inteiro esteve do meu lado, mas principalmente o Kleber. Esperava um pouco mais de apoio (da diretoria). Até o Felipão já foi ameaçado pelos torcedores e aí vimos que não tem esse apoio ? continuou o atleta.

João Vitor também comentou sobre a declaração do técnico palmeirense, que depois do empate com o Flamengo, na última quarta-feira, no Rio de Janeiro, questionou a inocência do atleta no episódio.

- Falaram em entrevistas que eu não era anjo. Não sou nenhum anjinho, mas também não sou maluco de enfrentar 20 caras perto da sede da torcida. Fiquei surpreso de saber o que ele disse. Não fui eu quem começou a briga. A polícia vai apurar e depois falar quem começou.

Por fim, o atleta falou sobre a sua situação no clube. Disse que terá uma reunião nesta sexta-feira com seu estafe, mas que, por ora, não pretende deixar o Palmeiras.

- Confortável eu não estou. Hoje eu estou aqui, mas poderia ter acontecido o pior. Mas eu tenho contrato com o clube, e o resto a vida se encarrega de levar.



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