Jogos no Rio tem média de um estrangeiro preso por dia

Estrangeiros, inclusive atletas, foram presos pela polícia

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Desde o último dia 5, data da abertura da Olimpíada, até a última quinta-feira, 34 estrangeiros foram detidos e levados às delegacias da cidade. Desse total, 26 foram liberados após o registro da ocorrência — por pagarem fiança ou serem acusados de crimes de menor potencial ofensivo, que não preveem prisão como pena. Oito deles, entretanto, acabaram dando entrada em prisões do Rio — uma média de um preso estrangeiro por dia desde o início dos Jogos. O levantamento foi feito com base em dados da Secretaria estadual de Administração Penitenciária e da Polícia Civil.

Únicos atletas a fazerem parte da lista, os boxeadores Hassan Saada, do Marrocos, — primeiro dos estrangeiros a ser detido, horas antes da cerimônia de abertura— e Jonas Junius, da Namíbia, frequentaram por pouco tempo as celas de Bangu. Os dois foram beneficiados por habeas corpus e ficaram, respectivamente, seis e três dias na Cadeia Pública José Frederico Marques. Ambos foram acusados de estupro dentro da Vila Olímpica por camareiras.

Ainda estão no presídio um irlandês e dois franceses presos por cambismo, e um colombiano e dois peruanos detidos por furto. Hecham Mouhdi e Alexis Zelenski estavam próximos ao Parque Olímpico quando foram surpreendidos por policiais ao tentarem vender ingressos por preços maiores que os oficiais.

Já Kevin James Mallon, segundo a polícia, integra uma quadrilha mais elaborada: ele é executivo da THG, empresa britânica investigada por cambismo desde 2014, e foi preso em flagrante num hotel na Barra, Zona Oeste, com mais de 800 ingressos. A prisão é considerada pela polícia o passo inicial de uma investigação para chegar aos responsáveis por desviar ingressos destinados a comitês olímpicos.

Cambismo preocupa

Dos 34 presos estrangeiros detidos na cidade na primeira semana dos Jogos, 17 foram surpreendidos tentando revender ingressos para os Jogos. No ranking de crimes, o segundo mais praticado é o furto, com nove detidos. Turistas também foram presos por falsificação de documento e até desobediência.

A grande quantidade de turistas detidos por cambismo acendeu o alerta da Polícia Civil. Após o início dos Jogos, o Núcleo de Apoio a Grandes Eventos (Nage) passou a contar, por dia, com 25 homens infiltrados nas proximidades de instalações olímpicas.

O objetivo é, além de coibir cambistas que estejam agindo nesses locais, checar as denúncias feitas pelo Comitê Olímpico Internacional, que vem colaborando com as investigações.



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