Juiz monta banda com jovens que ele mesmo condenou

O Juiz sonha com a extensão do projeto

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Um juiz gaúcho decidiu montar uma banda com os jovens que ele mesmo condenou por crimes como tráfico, roubo e até homicídio. A banda, chamada Liberdade, se apresenta no pátio do Case de Passo Fundo, onde os adolescentes estão internados, e em outros locais, sob escolta.

A formação muda frequentemente, porque os "músicos" são liberados após cumprir a medida socioeducativa. O Juíz Dalmir Franklin, atua há oito anos na Vara da Vara da Infância e da Juventude, diz que por vezes também cede aos pedidos dos internos e arrisca no sertanejo, o ritmo preferido dos meninos.

O juíz afirma que nunca enfrentou problemas com os garotos na banda e que em nenhum momentos os condenados de sentiram injustiçados. Isso porque, para conseguir uma vaga na percussão ou na guitarra, é preciso ter bom comportamento. O Centro possui de 70 a 80 internos e cerca de 25 participam das aulas de música .

Todos os professores atuam como voluntários no projeto e se dizem satisfeitos com os resultados. “As pessoas não sabem o que é ser adolescente e estar preso em uma sexta-feira, quando todos se divertem. Eles têm que pagar pelos erros, mas não precisa ser um inferno.” diz um dos professores.

Ex-integrante da banda, Osvandré Gonçalves de Assis, 19, entrou no Case aos 16 anos por crimes como tráfico. “Sempre quis aprender a tocar algum instrumento. Agora sei tocar o básico e vou me aperfeiçoar, quem sabe até trabalhar com isso”, conta ele, que está em liberdade há poucas semanas e deixou o projeto.

“Percebemos uma grande mudança no comportamento dos jovens”, diz o juiz, que sonha com uma extensão do projeto fora do Case, para acolher egressos, como Assis.



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