Jurista, Jurandy Porto escreve novo artigo: 'O Médico, o Monstro e o Paciente'

Leia na íntegra!

Jurista Jurandy Porto | Arquivo Meio Norte
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A saúde do ser humano é condição básica para a manutenção da vida e esta é o bem supremo da pessoa. Sem ela, nada mais importa no mundo material, restando apenas, em outro plano, a vida do espírito.

O médico destina-se a curar as doenças que ameaçam a vida. A medicina nasceu com a humanidade, desde a antiguidade mais remota até os dias de hoje, quando se pratica a medicina científica. A instrumentação tecnológica atualmente surpreende o mundo e avança todo dia. No mesmo passo, a tecnologia farmacêutica, sempre produzindo medicamentos novos, levando as grandes empresas do ramo a investirem pesadamente em novas pesquisas, continuadamente.

Mas a figura central de toda essa parafernália é o médico verdadeiro, sem o qual toda a complexidade tecnológica e farmacêutica morreria inerte, sem qualquer serventia.

Profissão mais nobre, mais sacerdotal e mais digna de respeito do que a do médico autêntico não existe. Tem esse modesto artigo a finalidade de enaltecer a medicina e os médicos, de quem todos nós precisamos a todo instante. E a medicina de Teresina aparece como uma das melhores do país.

Quero expressar preito de reconhecimento a um médico padrão, ao meu ver de cliente. São os pacientes aqueles que mais sabem julgar os médicos, sua eficiência, sua generosidade, sua dedicação e sua presença inspiradora de segurança, esperança e conforto.

As diferenças humanas existem e são aceitáveis. Nem todos os médicos são portadores desse quase divino talento de curar, de inspirar confiança e quase infalibilidade. É um dom e não tem explicação material. Nasceram para a medicina. Sua natureza vocacional – conjunto de todas as habilidades físico-psíquicas e espirituais – é a de médico, de curar.

Estou me referindo ao notável cardiologista piauiense Paulo Márcio, a quem Deus dotou de excepcional talento médico e de invejável competência científico-tecnológica. Essa opinião não é minha apenas, mas de todos os seus pacientes e de seus colegas médicos, como já pude constatar.

Tenho ouvido falar, e não quero crer, que pretenda entrar na política partidária e candidatar-se a algum cargo eletivo. Médico que entra na política, dela não mais sai, virando “político”. E política não é profissão. Meu caro e distinto amigo Paulo Márcio, não faça isso, não transgrida sua natureza, não deixe a medicina, onde você pontifica com brilhantismo incomum. É um caminho sem volta.

Sei que a política é sedutora, tanto quanto sei que é enganosa e lodacenta, tal como praticada hoje, transformando-se, da sadia arte de governar na ardilosa astúcia de se manter no poder. Nela impera a ânsia do poder, tanto político quanto econômico. Há um sistema – conjunto de práticas reais abomináveis a que a maioria dos políticos se submete – sombrio, sujo, sem claridade, que aprisiona até mesmo os idealistas do bem, fazendo com que emporcalhe suas mentes, suas mãos e seus pés. Esse monstro, o sistema, é torpe e impudico. Muito tempo demandará para que tais práticas se modifiquem. Mas é mais fácil limpá-lo de fora do que de dentro. Embora essa seja a regra geral, há de se fazer justiça: ainda sobram honrosas exceções.

Meu caro e distinto amigo: não deixe o terreno limpo e as claridades radiantes de uma profissão digna para trilhar caminhos tortuosos que você não conhece, cheios de armadilhas, de lama, de esgotos e de animais peçonhentos.

Sua medicina não é sua, mas nossa, seus clientes. Forme escolas, engendre novos “paulos márcios” para no futuro lhe sucederem.

Não troque o sagrado (a medicina) pelo profano (a política).

Desculpe seu amigo, admirador e paciente Jurandy Porto.



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