Justiça britânica autoriza extradição de Julian Assange para os EUA

A ordem será enviada agora para a ministra do Interior, Priti Patel, que tem a última palavra em qualquer extradição e seria favorável à medida

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)

A justiça britânica emitiu nesta quarta-feira (20) a ordem formal que autoriza a extradição do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, aos Estados Unidos para ser julgado por espionagem devido à publicação de centenas de milhares de documentos secretos a partir de 2010.

A ordem será enviada agora para a ministra do Interior, Priti Patel, que tem a última palavra em qualquer extradição e seria favorável à medida. Ela tem 28 dias para se manifestar. A defesa de Assange pode apresentar suas alegações até 18 de maio.

A justiça dos Estados Unidos deseja julgar o australiano, de 50 anos, pela divulgação no WikiLeaks a partir de 2010 de mais de 700 mil documentos confidenciais sobre atividades diplomáticas e militares americanas, que revelaram atrocidades nas guerras do Iraque e Afeganistão.

Justiça britânica autorizou a extradição do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, para os EUA - JUSTIN TALLS/AFP

Se for declarado culpado, Assange pode ser condenado ao máximo de 175 anos de prisão, em um caso que as organizações de defesa dos direitos humanos denunciam como um ataque à liberdade de imprensa.

O governo americano afirma que o australiano não é jornalista, e sim um hacker, que colocou em perigo a vida de vários informantes ao publicar documentos completos, sem edição.

No dia 14 de março, a Suprema Corte britânica rejeitou um recurso de Assange para apelar contra a extradição.

Casamento na prisão

No mês passado, o australiano e a advogada sul-africana Stella Moris se casaram na penitenciária britânica de segurança máxima onde o fundador do WikiLeaks está desde sua detenção, em 2019, na embaixada equatoriana em Londres.

Assange e Moris tiveram dois filhos em segredo durante os quase sete anos que o australiano viveu refugiado na embaixada equatoriana, onde ele foi preso em abril de 2019, quando o presidente Lenín Moreno retirou a proteção concedida a ele em 2012 por seu antecessor Rafael Correia.

"Não é um casamento na prisão, é uma declaração de amor e resistência apesar dos muros da prisão, apesar da perseguição política, apesar da detenção arbitrária, apesar do dano e assédio infligido a



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