Justiça nega habeas corpus a Raymon Whelan, suposto chefe de cambistas

Diretor de empresa ligada à Fifa é considerado foragido pela polícia

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O plantão judiciário do Rio negou habeas corpus pedido pelo advogado do britânico Raymond Whelan, ex-diretor-executivo da empresa Match Services, empresa ligada à Fifa.

A expectativa era que ele se apresentasse à 18ª DP (Praça da Bandeira) durante a madrugada desta sexta-feira, mas até as 6h não foi o que aconteceu. Raymond Whealen, portanto, é considerado foragido pela polícia. Investigadores da delegacia responsável pelo caso permanecem buscando informações sobre o paradeiro do acusado.

Raymond teve a prisão preventiva decretada na tarde desta quinta-feira. Acusado de ser um dos chefes de uma quadrilha internacional de cambistas desbaratada pela polícia, ele chegou a ser preso na segunda-feira, mas foi solto doze horas depois, devido a um habeas corpus. De acordo com o delegado Fábio Barucke, titular da 18ª DP (Praça da Bandeira) e responsável pelas investigações, imagens do circuito interno de segurança do hotel mostram Whelan saindo pela porta lateral usada por funcionários, que dá acesso à Rua Rodolfo Dantas, pouco antes da chegada da polícia. Ele estava acompanhado do advogado Fernando Fernandes.

Nesta quinta-feira, Barucke determinou que o executivo fosse procurado em cinco locais. Além disso, cópias dos mandados de prisão foram encaminhadas para a Polícia Federal e para a Interpol, para evitar que ele deixe o país.

Outro acusado que havia se beneficiado de um habeas corpus, Marcelo Pavão Carvalho, apresentou-se à 18ª DP na tarde desta quinta-feira, acompanhado de advogados. Um deles, Rafael Kullmann, disse que vai pedir habeas corpus para seu cliente novamente. Ele acrescentou que, assim que soube, na noite de quarta, da possibilidade de a Justiça decretar novamente a prisão de seu cliente, orientou-o a ir para casa, aproveitar os momentos de liberdade com a família. Ainda segundo Kullmann, tão logo soube da decretação da prisão, apresentou Marcelo na delegacia.

Mais cedo, o Ministério Público estadual do Rio (MPE) ofereceu à Justiça a denúncia contra 12 envolvidos no esquema de venda ilegal de ingressos para a Copa do Mundo 2014. O promotor Marcos Kac, da 9ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos, que no dia anterior havia recebido o relatório do inquérito conduzido pela polícia, pediu a prisão preventiva de 11 dos 12 acusados. O único denunciado que não teve prisão preventiva requerida foi o advogado José Massih, que colaborou com as investigações.

Além de Whelan, Pavão e Massih, foram denunciados o franco-argelino Mohamadou Lamine Fofana, acusado de ser o líder da quadrilha; Alexandre Marino Vieira; Antônio Henrique de Paula Jorge; Sérgio Antônio de Lima; Júlio Soares da Costa Filho; Fernanda Carrione Paulucci; Ernani Alves da Rocha Junior; Alexandre da Silva Borges; e Ozeas do Nascimento. Eles foram presos durante a Operação Jules Rimet, deflagrada no dia 1º de julho com o cumprimento de 20 mandados de busca e apreensão. Nesta quinta-feira terminava o prazo da prisão temporária de parte dos envolvidos, mas a Justiça aceitou a denúncia e emitiu os novos mandados de prisão. Os acusados vão responder a crimes como organização criminosa, cambismo, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. À exceção de Massih, todos os outros envolvidos estão presos no Complexo de Gericinó, em Bangu.



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