Mãe não dorme desde morte do filho no carnaval: “Quero justiça”

Missa de 7º dia de Leandro e Ludenildo foi realizada nesta terça-feira (19).

Mãe não dorme desde morte do filho no carnaval: "Quero justiça" | Reprodução
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A missa de sétimo dia dos amigos Leandro e Ludenildo, que morreram no acidente com um carro alegórico, foi celebrada na noite da última terça-feira (19), em uma capela na Vila Margarida, em São Vicente, no litoral de São Paulo.

Familiares e amigos vestiram camisetas em homenagem aos dois jovens, Ludenildo Militão, de 25 anos, e Leandro Monteiro, de 26 anos, mortos no acidente com o carro alegórico da escola de samba Sangue Jovem.

A vontade de Justiça continua com os familiares. O pedido é para que o caso seja logo esclarecido. ?Para mim está muito difícil, eu ainda não consegui dormir depois que ele se foi. Eu quero Justiça. Só peço isso?, afirma Joana Maria da Silva, mãe de Ludenildo.

A irmã de Leandro, Valkíria Miele, pede que o caso não seja esquecido. ?Que apareça o culpado de tudo isso. Tem que dar uma explicação para a minha cunhada, para a família dele, principalmente para o meu sobrinho. Meu sobrinho está dormindo com a foto dele no bolso?, diz Valkíria.

Após a missa, familiares e amigos se reuniram na entrada da capela e rezaram um pai nosso. A irmã de Ludenildo, Luana Militão, afirma que a família está com um advogado. ?Para a minha mãe vai ser muito difícil. Até agora ela acha que nada aconteceu. Ela acha que ele vai voltar. Já estamos com advogado para ver o que vai acontecer, porque tem dois filhos para que a gente possa ajudar a criar eles também?, diz Luana.

Um dos amigos das vítimas, Júlio de Carvalho também se machucou no acidente. Ele ajudava a empurrar o carro alegórico. ?Fico muito triste de perder dois amigos meus. O Leandro era meu vizinho. Vou sentir muita falta dele?, afirma Júlio.

O caso

Quatro pessoas morreram e cinco ficaram feridas depois que um carro alegórico da escola de samba Sangue Jovem tocou em fios elétricos e pegou fogo na madrugada desta terça-feira (12) em Santos, no litoral de São Paulo, durante os desfiles do grupo especial do carnaval da cidade.

As vítimas, três contratados pela própria agremiação, além de uma mulher que acompanhava a festa, morreram eletrocutadas. Segundo os Bombeiros, outras cinco pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas para atendimento. O estado de saúde das outras cinco é estável.

O prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, decretou luto oficial de três dias na cidade, além de cancelar a programação de carnaval ainda prevista para o município. Barbosa, inclusive, declarou que a Prefeitura vai procurar o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, para que o laudo conclusivo da perícia feita no local da tragédia esteja em mãos do Poder Público em menos de um mês - conforme a Polícia Civil, o laudo seria apresentado em até 30 dias.

Um dos que desfilaram no carro incendiado foi o ex-jogador Coutinho. Ele desceu pouco antes do veículo ser incendiado. "É triste. Infelizmente as pessoas acabam perdendo os entes queridos em um piscar de olhos", afirmou.

Personalidade homenageada pela alegoria "Rei da Bola", Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, encaminhou ao G1 uma nota lamentando a tragédia no carnaval santista. "Eu, Edson Arantes do Nascimento - Pelé também participo dos sentimentos dos familiares. Isto é coisa que não podemos entender, mas temos que entregar nas mãos de Deus".



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