Maior parte das vítimas vem do trânsito da capital

As vítimas de acidentes de transporte têm contribuído para incrementar o número de mortes de crianças e adolescentes.

Acidentes no trânsito vêm matando muitas pessoas em Teresina. | Efrém Ribeiro
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Teresina, único município com mais de 500 mil habitantes, continua concentrando grande parte da violência do Estado. Dos 234 homicídios acontecidos em 2000, 67,9% tem registro em Teresina. Em 2010 essa proporção cai para 58,8%, menor que em 2000, mas ainda acima da metade dos homicídios do Piauí.

Contudo, enquanto Teresina se destaca pelos menores índices de homicídios femininos (taxa de 3,2 para cada 100 mil mulheres), abaixo da média nacional (4,4), o Mapa da Violência, estudo realizado pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos, evidencia que são os acidentes de trânsito que mais matam na capital.

Enquanto no ano 2000 a taxa de óbito por conta de acidentes de trânsito era de 31,2 em 100 mil habitantes, esse índice subiu para 57,4 para cada 100 mil habitantes em 2010.

Das capitais do Nordeste, Teresina foi a segunda onde a quantidade de óbitos mais cresceu em número de acidentes, subindo da 9º posição em 2000 para a 2ª posição.

Em nível regional, o Piauí obteve um dos maiores números de vítimas da região Nordeste, ficando em quinto no ranking regional e foi o segundo Estado onde obteve maior crescimento, uma porcentagem de 131,6%, ficando atrás somente do Maranhão, cujo crescimento foi de 190% nos últimos 14 anos.

Nesta última década, não só os números, mas também a estrutura, a composição desses acidentes mudaram. Nos registros do Mapa da Violência, se o número de mortes de pedestres caiu, todas as restantes categorias aumentaram, mas, de forma trágica, destacam-se os motociclistas, cuja mortalidade aumentou 244% nos últimos dez anos.

Aumenta índice de óbito infantil no trânsito

Mesmo em menor intensidade, as vítimas de acidentes de transporte têm contribuído para incrementar o número de mortes de crianças e adolescentes. De 2000 a 2010, o Piauí apresentou um crescimento no número de óbitos, passando de 3,1 para 3,6 para cada 100 mil crianças.

No entanto, caiu da 24ª para a 27ª posição. Em Teresina, em compensação, houve uma redução de 17,7 para cada 100 mil habitantes na última década.

Outro dado chama a atenção: enquanto no ano 2000, o Piauí estava na 17ª posição no ranking nacional, o estado subiu para o posto 7 de óbitos de crianças no trânsito. E Teresina não é diferente. Houve um aumento significativo de uma taxa de 74,4%, o terceiro do Nordeste que mais cresceu nos últimos dez anos.

Crianças e adolescentes vítimas de acidentes de transporte estão entre as três causas que representam acima de 90% do total de mortes no Brasil, representando 27,2%. A grande maioria das vítimas morrem em acidente envolvendo moto, automóvel ou são pedestres.

Educação para o trânsito é uma necessidade urgente

Para a superintendente de Transporte e Trânsito de Teresina não se trata de uma questão de educação, mas sim de responsabilidade. "A gente vê crianças sentadas em tanque de motos que não têm um ano de vida.

E quem está conduzindo não é um estranho, são pessoas próximas que deveriam proteger. E mesmo de carro, conduzir sem uma maneira adequada", explica.

A STRANS, no papel de fiscalizar, também cumpre o papel de educar, no entanto, Porto considera não ser uma obrigação. "Não tem como se resolver isso sem participação da sociedade.

É questão de comprometimento. Com certeza nenhum pai ou mãe desconhece que o filho brincar com faca é perigoso. Da mesma forma no trânsito", considera.



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