THE: Manifestantes realizam protesto e alertam pessoas para exploração de xisto

Dezenas de pessoas se reuniram ontem em uma manifestação contra a exploração de gás de xisto na Bacia do Parnaíba.

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Manifestantes fazem protesto e alertam pessoas para exploração de xisto | Reprodução
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Com máscaras no rosto, manifestantes realizaram panfletagem ontem à tarde na Ponte Estaiada, Avenida Raul Lopes, para alertar à população sobre os perigos da exploração do gás xisto.

A Rede Ambiental do Piauí (REAPI), entidades de classe e estudantes mobilizaram os passantes com cartazes e panfletos que alertam sobre riscos que causam erosão no solo, terremoto, envenenamento da água de superfície e subterrânea, matança de animais, além de contaminar as pessoas e o ar.

Tânia Martins, membro da REAPI, enfatiza que esta ação tem o objetivo de alertar sobre os impactos da exploração do gás. ?Esta é uma iniciativa para que a sociedade tome conhecimento e não seja pega de surpresa quando as máquinas estiverem chegando?, explica, e acrescenta que há contaminação da água, tanto nas superfícies como no lençol freático.

Compartilhando da mesma preocupação com os recursos hídricos, o professor Daniel Solon participou da ação e destacou que é preciso ir além da suspensão, concedida pela Justiça Federal.

Para ele, é necessário a anulação em todo país, tendo em vista os grandes riscos que este gás oferece. ?Estamos dialogando com a população sobre os problemas que afetam nossa água. Afetar a água é afetar a vida e nós vivemos em Estado que já sofre muito com abastecimento de água?, afirma.

Estudantes também participaram da manifestação e ressaltaram a necessidade de se organizarem para combater a exploração do gás de xisto através de um método tão perigoso.

José Valmir, estudante da UESPI, frisou a necessidade dos estudantes, governo e cidadãos dialogarem em torno de políticas energétcas que não representem danos à vida. ?É importante os estudantes se envolverem para pensar formas de extração de energia?, destaca.

Para extrair o gás da Bacia do Parnaíba utiliza-se o método conhecido como fracking, fraturamento hidráulico, onde são utilizados mais de 600 produtos químicos para explodir as rochas.

A explosão é feita abaixo do aquífero, e deixa um rastro de destruição no seio da terra irrecuperável, causando erosão no solo, terremoto, envenenamento da água de superfície e subterrânea, matança de animais, além de contaminar as pessoas e o ar.

Em dezembro de 2013, a Justiça Federal no Piauí havia determinado a suspensão da exploração do gás de xisto pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e a União.

De acordo com a decisão, todos os atos decorrentes da arrematação do bloco PN-T-597 pertencente à bacia do Parnaíba devem ser imediatamente paralisados enquanto não for realizada a Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS).

A decisão tomada no dia 13 de dezembro, pelo juiz federal responsável pela Vara Única de Floriano, Derivaldo de Figueiredo Bezerra Filho, estipula que a medida deve ser cumprida, sob pena de aplicação de multa no valor de R$ 500 mil para cada bloco licitado indevidamente ou para cada bloco em que forem iniciadas as operações.



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