Médica cria simulador ultrarrealista de cirurgia em bebês

O projeto auxilia no treinamento de novos neurocirurgiões

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A neurocirurgiã pediátrica Giselle Coelho virou notícia nos principais jornais e revistas especializados em medicina com um projeto revolucionário. Ela criou um simulador ultrarrealista de cirurgia para bebês. O projeto contribui com a formação de novos os médicos.  

O protótipo do simulador já lhe rendeu um prêmio internacional concedido pela Federação Mundial de Sociedades de Neurocirurgia (WFNS, na sigla em inglês), na categoria “Jovem Neurocirurgião” em 2015.

O bebê simulador foi desenvolvido inicialmente no Brasil e foi criado a partir de uma necessidade de treinar os novos neurocirúrgiões antes de operar o paciente real. “Quando estava na residência, gostaria de treinar mais os procedimentos neuroendoscópicos, de forma que pudesse ter mais habilidade e confiança antes pegar pacientes reais”, conta a Dra. Gisele.

Ele tem o mesmo peso de um bebê de verdade e texturas muito parecidas com os tecidos humanos. O crânio do protótipo tem densidade próxima ao osso humano. O realismo é tanto que durante a operação no simulador, há um corante que simula o sangue do paciente.  “Foi um cuidado que tomei, pois nessa cirurgia o bebê perde muito sangue, então aquelas gotinhas são preciosas. É preciso prestar atenção, pois não pode sangrar”, alerta.

De acordo com a Dra. Gisele, “Ser capa de uma das maiores e mais respeitadas revistas internacionais em Neurocirurgia Pediátrica não só representa o mais importante reconhecimento por um trabalho realizado com toda dedicação possível, mas também expressa a concretização de um grande sonho. Muito feliz por poder contribuir cientificamente e representar o país no cenário internacional”.

 A ideia do simulador foi apresentada a várias universidades nacionais e internacionais, porém a médica não recebeu apoio para a realização. O primeiro “sim” foi da renomada Universidade Harvard e partir de então o bebê simulador ganhou destaque. “Alguns grandes obstáculos e após muitos ” nãos” finalmente ouvi o “sim” da minha maior fonte de inspiração: Harvard Medical School. Desde então, foram 4 anos de intenso trabalho para que pudéssemos criá-lo de forma mais fidedigna possível e que possibilitasse ao jovem neurocirurgião treinar suas habilidades, antes de operar o paciente real”, afirma a médica.

 O projeto lhe rendeu um prêmio internacional concedido pela Federação Mundial de Sociedades de Neurocirurgia (WFNS, na sigla em inglês), na categoria “Jovem Neurocirurgião” em 2015 e deve contribuir para a formação de novos neurocirurgiões, que poderão praticar os procedimentos sem nenhum risco para os pacientes.

A neurocirurgiã foi destaque da edição de dezembro de uma das maiores referências da Neurocirurgia Pediátrica Internacional e no jornal Child’s Nervous System. 

A realidade com o corpo de um bebê é tão grande que a médica brasileira passou por uma situação delicada. Durante viagem aos Estados Unidos para apresentar o protótipo a seus orientadores em Havard, Dra. Gisele foi chamada a prestar esclarecimentos no aeroporto por levar na mala o que os funcionários acreditavam ser um crânio de bebê de verdade.



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