Médica que mandou cortar pênis do ex-noivo perde direito de poder trabalhar

Ela teria descumprido acordo feito com Justiça

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A médica Myriam Priscilla de Rezende Castro, condenada por ter mandado cortar o pênis do ex-noivo, perdeu o direito de trabalhar. Ela estava atuando em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Belo Horizonte.

Myriam não teria cumprido um acordo feito com a Justiça. Quando recebeu o direito de passar para o regime semiaberto, ficou decidido que ela trabalharia em uma instituição específica, como secretária.

A médica foi até o local tentar uma vaga de emprego, mas não conseguiu. Depois de ter o cargo negado, foi em busca de uma nova colocação no mercado como médica e conseguiu como atendente do programa de saúde da família.

A mudança deveria ter sido comunicada ao juiz, o que não aconteceu. Agora, ela vai ter a suspensão do benefício.

Em entrevista, Myriam disse que é inocente e acusou o pai, Walter Ferreira de Castro, de 76 anos, e um homem com quem já se relacionou pelo crime.

— Tive muita raiva pelo que eles fizeram. Mas meu pai é meu pai. Ele nunca vai deixar de ser meu pai. Eu sei que o que fez foi para defender a filha.

Segundo a médica, o motivo do crime foi vingança. Ela teria ficado grávida e foi espancada até perder o bebê.

— Na revisão criminal com certeza vai estar anexado o laudo do hospital. Inclusive, não posso ter filho por causa disso.

Ela mesma pediu a transferência da cidade de Barbacena, na região central de Minas, para o Presídio Feminino Estevão Pinto, em Belo Horizonte. Na penitenciária, a mulher diz já ter sido espancada por outras detentas.

— Muitas me julgavam como patricinha e ficam fazendo de tudo para me provocar.

Myriam conta que hoje tenta refazer a vida e explicar a todos que não é criminosa.

— O sofrimento dele [o ex-noivo] não tem como mensurar. Mas, ele também não tem como mensurar o meu em todos esses anos sendo reconhecida na minha cidade e sendo vítima de piadinhas por causa dessa história. Sou totalmente inocente.

Relembre o caso

Myriam cometeu o crime em 2002 e foi condenada em 2009, mas ficou em liberdade até 2014 por conta de recursos. Mesmo condenada, o Conselho Regional de Medicina permitiu que exercesse a urologia, que cuida justamente do aparelho genital masculino.

A vítima rompeu o relacionamento com Myriam Castro na semana em que subiria ao altar. Revoltada, ela incendiou o carro e a casa do ex-noivo e ameaçou atacá-lo. Dias depois, W.J.S. foi cercado por dois homens contratados pelo pai da médica. Os homens avisaram que estavam a mando de Myriam Castro e do pai dela.O irmão da vítima foi obrigado a assistir à mutilação e desmaiou ao testemunhar a cena. Mesmo depois da mutilação ela voltou a procurar o rapaz, segundo depoimentos prestados à Polícia Civil.

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