Médico acusado de abuso sexual de pacientes em consultório é preso

Justiça recebeu a denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual.

| Wellington Roberto/G1
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A Polícia Civil prendeu na tarde desta sexta-feira (18) o médico cardiologista Augusto César Barretto Filho, de 74 anos, acusado de abusar sexualmente de pacientes mulheres em seu consultório em Presidente Prudente. Ele teve a prisão preventiva decretada pela Justiça após ser denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE).

Juntamente com seu advogado de defesa, Barretto Filho apresentou-se espontaneamente à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), em Presidente Prudente, onde a Polícia Civil deu cumprimento ao mandado de prisão expedido pela Justiça.

Na delegacia, ele foi submetido ao exame de corpo de delito, realizado por um médico legista, e depois foi transferido à Penitenciária de Lucélia, para onde são levados os presos envolvidos em crimes sexuais.

O advogado de defesa, Emerson Longhi, afirmou que a prisão preventiva “é totalmente desnecessária” porque o cardiologista compareceu a todos os atos a que foi convocado pela Polícia Civil e está afastado de suas funções médicas.

Longhi adiantou que a defesa estuda as medidas judiciais cabíveis para tentar derrubar a prisão preventiva de seu cliente, como um habeas corpus ou um pedido de revogação da medida que levou Barretto Filho à cadeia. Na Delegacia de Defesa da Mulher, em Presidente Prudente, já foram registrados 37 relatos de abuso sexual de mulheres contra Barretto Filho.

Wellington Roberto/G1

Na denúncia, o promotor de Justiça Filipe Teixeira Antunes acusa o médico de cometer o crime de violação sexual mediante fraude, previsto no artigo 215 do Código Penal, com pena de reclusão de dois a seis anos, agravado pela conduta tipificada no artigo 61, inciso II, alínea g, que trata do abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão.

Antunes explicou que o pedido de prisão preventiva do médico foi feito à Justiça como forma de garantia da ordem pública, já que no entendimento do MPE existe o risco de ele voltar a praticar os delitos contra pacientes.

Segundo o promotor de Justiça, as investigações realizadas pela Delegacia de Defesa da Mulher, em Presidente Prudente, foram iniciadas em julho de 2018, a partir do relato de uma vítima.

“Ele acariciava as partes íntimas das vítimas durante o atendimento médico dentro de seu consultório para a sua satisfação sexual. Essas carícias não tinham nenhuma relação com o atendimento médico. Ele abusava da confiança das vítimas. Ele tocava as partes sexuais das vítimas e esfregava o seu pênis nas mulheres”, descreveu o promotor. Em depoimento à Polícia Civil, segundo o MPE, o médico negou os fatos e disse que vai se manifestar em juízo.

As mulheres identificadas como vítimas tinham entre 18 e 50 anos quando foram abusadas, segundo o MPE. Na avaliação de Antunes, como existe a possibilidade de outras mulheres terem sido vítimas do cardiologista, a orientação é para que procurem a DDM para que os casos sejam apurados.



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