Memorial vai homenagear piauienses que resistiram à Ditadura Militar

Ato solene do Memorial da Resistência e da Democracia no Piauí (Foto: Gabriel Paulino)

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O antigo Quartel Geral da Polícia Militar, local de encarceramento de presos políticos durante a Ditadura Militar, será transformado em um espaço de resgate histórico da memória de piauienses que resistiram aos arbítrios praticados entre 1964 e 1985. O Memorial da Resistência e da Democracia no Piauí terá a escultura de uma figura humana de 1,70m, simbolizando o rito do “Pau de arara”, o mais cruel instrumento de tortura utilizado nos porões da Ditadura Militar. A inauguração está prevista para o dia 28 de agosto, aniversário da Lei de Anistia.

Durante a solenidade de lançamento da pedra fundamental do memorial, o governador em exercício, Themístocles Filho, recordou que os presos políticos cumpriam pena no antigo Quartel da Polícia Militar e disse torcer para que jamais o Brasil e o Piauí voltem ao que aconteceu no passado. “O melhor regime de governo é o que o povo escolhe, pode ter divergências, mas a maioria é que vence”, declarou.

Ato solene do Memorial da Resistência e da Democracia no Piauí (Foto: Gabriel Paulino)

A iniciativa do Memorial da Resistência e da Democracia no Piauí surgiu a partir de uma demanda dos movimentos sociais, por meio do Comitê Memória, Verdade e Justiça, que faz um trabalho permanente de conscientização, formação e de atos públicos em prol da democracia.

Para Núbia Lopes, secretária de Estado das Relações Sociais, o memorial é importante para reafirmar que a democracia deve prevalecer no estado. Já a superintendente de Direitos Humanos da Secretaria Estadual da Assistência Social (SASC), Sônia Terra, disse que é importante reforçar o quanto a democracia é necessária. “Vivemos tempos em que ela esteve ameaçada. Hoje, a gente reforça que a democracia só se constrói a partir de toda uma sociedade que toma consciência do quanto ela é importante”.

Ato solene do Memorial da Resistência e da Democracia no Piauí (Gabriel Paulino) 

O coordenador do Comitê Memória, Verdade e Justiça, Pedro Laurentino, destacou a importância do Memorial, relembrando que a cassação de mandatos, mortes e torturas ocorreram no Piauí durante a Ditadura. Ele ressaltou que enquanto no Chile os torturadores foram punidos, no Brasil eles foram exaltados. Laurentino finalizou dizendo que “temos que resgatar essa história para que ela não se repita”.

O Memorial da Resistência e da Democracia no Piauí será um espaço para lembrar e homenagear aqueles que lutaram pela democracia e pelos direitos humanos durante a Ditadura Militar. A inauguração prevista para o dia 28 de agosto é uma oportunidade para reafirmar a importância da democracia e da memória histórica para o país.



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