Menina de nove anos faz cupcakes para pagar curso de guitarra

Apaixonada por bolos e decoração, Mariana passou a comercializar os cupcakes que fazia por hobby

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Pais de crianças pequenas são alvos, quase que diariamente, de pedidos para que comprem isso ou aquilo. De acordo com a condição financeira de cada família, uns são atendidos e outros negados. Diante do não, há aquelas com espírito empreendedor que levantam a possibilidade de vender algo para conseguir o dinheiro necessário. Foi o que aconteceu na casa de Mariana Felício, 9 anos, e a situação foi encarada como uma oportunidade de ensinar noções de educação financeira à menina.

Apaixonada por bolos e decoração, Mariana passou a comercializar os cupcakes que fazia por hobby para custear as aulas de guitarra que tanto queria fazer. "Preparava para amigos e para a família, mas um monte de gente falava que era bom. Um dia, perguntei para a minha mãe se podia vender. Meus pais já tinham me dado a guitarra, mas ainda não podiam pagar o curso", conta a menina.

A mãe, a veterinária Maria Estrela Felício, recebeu a ideia com surpresa. "Ela tem nove anos e conseguiu entender que não é possível ter tudo, é preciso esforço. Fiquei feliz por ela enxergar isso e valorizar o trabalho", diz.


Após uma boa conversa sobre o planejamento, em poucos dias tudo estava pronto para iniciar as vendas. "Falei que íamos ajudar a colocar o projeto de pé, teríamos de vender 180 unidades por mês para chegar lá. Fiz uma página para ela nas redes sociais, tirei fotos, divulguei entre os meus clientes e amigos. Expliquei o que era e pedi que dessem essa chance a ela", fala.

"É um bom começo para que aprendam a ter noção do que fazer para ganhar dinheiro e quanto custa comprar algo", afirma Ana Merzel, coordenadora do serviço de psicologia do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo.

Apesar de positivas, iniciativas assim requerem alguns cuidados. Os pais não podem dar ao projeto do filho status de trabalho, segundo Ana Paula Hornos, educadora financeira e autora do livro "Crise Financeira na Floresta" (Editora Scortecci). A atividade complementar precisa ter propósito educativo, ser realizada apenas em momentos de lazer e, principalmente, deve ser vista pela criança como diversão.



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