Após cirurgia, menino atingido por alicate na cabeça deixa CTI

Segundo o diretor do hospital de Saracuruna, a rapidez no atendimento foi fundamental para o sucesso da cirurgia

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O menino de 12 anos atingido com um alicate na cabeça no último domingo (2) deixou o CTI pediátrico do Hospital de Saracuruna, na Baixada Fluminense, no sábado (8), e foi transferido para a enfermaria pediátrica. Simão Felipe Nascimento Coelho de Oliveira está lúcido, orientado e se recuperando bem, após passar por uma cirurgia. As informações foram divulgadas neste domingo (9) pela Secretarial estadual de Saúde.

Segundo o diretor do hospital de Saracuruna, a rapidez no atendimento foi fundamental para o sucesso da cirurgia. "No local onde foi atingido, se a lesão ficasse maior ele poderia até perder a visão", explicou o médico Manoel Moreira.

Segundo o delegado Hilton Alonso, titular da 62ª DP (Imbariê), onde o caso foi registrado, um menor de 13 confessou ter agredido o garoto. "Como é menor, ele foi autuado por fato análogo a tentativa de homicídio", afirmou ao G1 o delegado, que já instaurou um Auto de Investigação de Ato Infracional (AIAI).

Ainda de acordo com o delegado, o menino de 13 anos compareceu à delegacia acompanhado do pai para prestar depoimento, e disse que ele e Simão Felipe Nascimento Coelho de Oliveira, 12, já tinham se desentendido antes. "Ele alegou que já tinha problema com a vítima e estava consertando sua bicicleta quando a vítima chegou acompanhada de dois amigos e o agrediu com um soco. Após a agressão, ainda segundo o menor, ele arremessou o alicate em direção ao outro menino como reação instintiva", contou o titular da 62ª DP.

A polícia já pediu o alicate para perícia e aguarda o laudo médico para análise. Além disso, o delegado aguarda que Simão Felipe receba alta do hospital para prestar depoimento.

Pai de ferido diz que filho já tinha sido ameaçado

Segundo o delegado Hilton Alonso, ao prestar queixa na delegacia, o pai do menino de 12 anos ferido por alicate disse que sabia da rixa entre o filho e o outro menino, mas não teria levado em consideração por se tratar de duas crianças.

Ao G1, o pai de Simão Felipe também admitiu saber da rixa entre os garotos. "Mas nunca pensei que fosse acontecer uma coisa dessas", disse o pintor predial Domingos Jorge Coelho de Oliveira. Ele afirmou ainda que o agressor ameaçou Simão há cerca de dois meses. "O menino já tinha ameaçado meu filho uns dois meses atrás. Meu filho disse que a rixa começou quando ele tentou apartar uma briga entre dois colegas".

Jorge disse ainda que o filho contou no hospital que, antes de ser agredido com o alicate, estava conversando com uma amiga. "Meu filho me contou que o menino estava consertando a bicicleta e outros dois chegaram, começaram a mexer com ele e bater nele, e saíram correndo. Aí, quando ele virou, tacou o alicate e atingiu o Simão", afirmou o pintor.

Mergulhador ferido com arpão

Em 2009, médicos do mesmo Hospital de Saracuruna se depararam com um caso semelhante. Na ocasião, o mergulhador Emerson de Oliveira Abreu deu entrada na unidade depois de ser atingido na cabeça pelo próprio arpão.

Ele também precisou passar por uma cirurgia. De acordo com um médico, 25 centímetros do arpão penetraram na região frontal direita do cérebro do mergulhador. Na época, o neurocirurgião Manoel Moreira Filho disse que paciente teve a vida salva por milímetros.

?Se o arpão se desviasse só alguns milímetros teria afetado a visão e lesionado a carótida e o paciente teria morrido. Graças à imagem tridimensional, conseguimos precisar o local exato da cirurgia. Ainda serão necessários novos exames. Pode ser que ele tenha uma pequena perda do olfato, já que a trajetória do arpão foi muito próxima da fossa nasal?, ressaltou o médico na época.



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