Mesmo com proposta, grevistas cobram mais interesse do governo

Há mais de dois meses em greve, os servidores públicos federais realizaram um ato de mobilização nacional cobrando respostas do governo federal

Greve já dura mais de 2 meses. | Reprodução/Jornal Meio Norte
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Os servidores públicos federais do Piauí de várias categorias se reuniram na manhã de ontem, em uma manifestação na Praça Rio Branco, no centro da cidade. Esse ato faz parte de uma mobilização nacional, com o objetivo de cobrar respostas do Governo Federal, em relação às negociações, e mostrar à sociedade o movimento, buscando o apoio dessa luta da categoria.

Além das pautas específicas de cada classe de trabalhadores, os manifestantes buscam estruturação salarial e melhores condições de trabalho. Muitos dos servidores presentes no ato já estão de braços cruzados há cerca de dois meses.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal, Paulo Bezerra, as negociações com o Governo Federal ainda não avançaram, não sendo ainda apresentada a eles nenhuma contraproposta.

?O governo, além de não nos apresentar uma contraproposta, eles ainda suspenderam a agenda de negociações. Nós teríamos uma reunião ontem com eles, para uma rodada de negociações, mas eles adiaram para o dia 13 de agosto?, reclamou.

Estão em greve no Piauí servidores de órgãos como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Fundação Nacional de Saúde (Funasa), além do ensino superior, como a Universidade Federal do Piauí (UFPI) e o Instituto Federal do Piauí (IFPI). Para a professora da UFPI, Valéria Silva, do comando de greve, os mais de dois meses de paralisação devem se estender ainda mais, devido a lentidão no processo de negociação do Governo Federal com a categoria.

?A negociação está difícil porque a proposta do governo não contempla as nossas carências, do ponto de vista do reajuste salarial e reestruturação da carreira.

Nós precisamos de contratação de mais professores, de um custeio que sustente a atual fase de expansão da universidade. Isso já irá contribuir com a melhoria das nossas condições de trabalho, que é um dos nossos pontos de reivindicação. Amanhã teremos uma outra rodada de negociação e vamos ver onde chegaremos?, disse.

A próxima categoria a cruzar os braços no Piauí poderá ser o Judiciário. Segundo Madalena Nunes, do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal (Sintrajuf), a categoria está há seis anos sem receber reajuste salarial.

?Até o dia 15 de agosto todo o Judiciário brasileiro deverá entrar em greve. Já fizemos vários momento de mobilização, mas não obtivemos um retorno satisfatório?, pontuou.



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