Miguel Oliveira: um visionário da tecnologia piauiense

A meta de vida de Miguel é universalizar o acesso à internet em Teresina

Miguel Oliveira | Raíssa Morais
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Miguel Antonio de Oliveira Neto, nascido no dia 7 de março de 1972, é analista de sistemas e administrador de empresas, por formação. Um visionário sempre atento às novas tecnologias, o empresário hoje gerencia um dos maiores provedores de internet do Piauí. Nascido em Cocal e criado em Teresina, Miguel conta que seu maior sonho é disponibilizar uma internet acessível e de boa qualidade a todos os habitantes da capital.

Miguel brinca que a vida é feita de erros e acertos. Depois de um “tombo”, é importante dar a volta por cima e mostrar que é possível seguir em frente. Com uma mensagem de persistência, o homem que iniciou a carreira com softwares para consultórios, passando para a venda de hardwares importados, hoje ele é o “cara” da fibra ótica.

Miguel. Crédito: Raíssa Morais.Pioneiro no Estado com a tecnologia, Miguel fez um anel que liga a cidade inteira com os cabeamentos. Ao todo, 80 mil domicílios têm disponibilidade para a conexão de alta velocidade.

Antes disso, desenvolveu o primeiro prontuário eletrônico para clínicas de Teresina. Aos 14 anos já era professor de programação. Com 17, montou a primeira empresa. Miguel era (ou é) ou não um garoto prodígio?

Para NOSSA GENTE, Miguel Oliveira é uma inspiração para aqueles que veem na tecnologia uma oportunidade de maximizar a própria realidade. Seja ao toque do smartphone ou até mesmo ao controlar a própria casa. Entre hardwares, softwares e internet, Miguel mostra ser um excelente generalista da tecnologia. 

Analista de sistemas hoje preside empresa de provedor de internet. Crédito: Raíssa Morais.

Jornal Meio Norte: O senhor sempre se interessou por tecnologia?

Miguel Oliveira: Desde os 12 anos que estou nesse negócio de tecnologia. Eu gostava muito de videogame. Na época era diferente de como é hoje. Aí ouvi no rádio que ia ter um curso de programação de computadores em Teresina. Agoniei a cabeça da minha mãe até ela me colocar no curso. Com 14 anos eu já era professor desse curso. De lá eu já saí trabalhando. Comecei a trabalhar com empresas desenvolvendo softwares, cuidando do CPD. Com 17 anos coloquei minha primeira empresa. Daí vem essa história de empreendedorismo até agora.

JMN: Qual conselho você dá para os jovens que querem associar tecnologia ao empreendedorismo?

MO: Isso é muito de acreditar no que você quer fazer. Você precisa se conhecer e saber a afinidade que você tem com alguma área. Comigo foi fácil. Era magnético, instantâneo. Eu ouvia falar em computador e já não pensava em outra coisa. Eu matava aula para ir para as aulas de computação. Minha vida descobriu o próprio caminho. O conselho é se dedicar ao que gosta, estudar e não ter medo de errar. Você cai, levanta, cai de novo. A vida é assim.

JMN: Como foi a sua primeira empresa?

MO: Comecei a programar profissionalmente com 16 anos. A gente fazia sistemas. Não havia internet, site. Fazíamos isso para atendimento médico, por exemplo. Conheci dois médicos: Nonato Campos e José Gomes da Silva. Eles eram pioneiros em computação em consultórios. Comecei a fazer um sistema de automação de consultórios, um prontuário eletrônico, com dados dos pacientes. O primeiro criado em Teresina foi feito por mim. Com esses dois médicos, surgiram vários outros. Passei cinco anos desenvolvendo sistemas. Houve uma época que eu atendia 100 consultórios, além de outros em São Luis e Fortaleza. Junto com essa história, ganhávamos muito dinheiro vendendo computadores. Comprava máquinas em São Paulo e revendia para o médico com o sistema. Mas isso me iludiu muito. Os hardwares, com o passar do tempo, virou produto de prateleira, vendido em supermercado. Tomei uma decisão errada, montando assistência técnica. Deixei de lado a área de softwares. Isso foi meu primeiro erro.

JMN: Por quê?

MO: Se eu tivesse investido em software eu teria chegado ao sucesso mais cedo. O software tem mais valor agregado. Hardware todo mundo vende. Software não. Esse desenvolvimento é para poucos. Errei, caí e levantei. Nesse errei, caí e levantei, fui convidado para ser o presidente da Empresa Teresinense de Processamento de Dados e ocupei o cargo por seis anos. É a empresa que cuida da informática da prefeitura. Pouco antes disso, comecei a trabalhar com um provedor de internet, como sócio. Mas aos poucos a prefeitura foi me consumindo e perdi o contato com a empresa. Aos seis anos, eu não fazia mais parte e nem tinha mais afinidade com ela. Quando vi que estava fora do mercado e que cargo público acaba uma hora, vi que tinha que desenvolver outra empresa. No caso, em internet.

JMN: Então você passa praticamente por todas as áreas, não é?

MO: Sim. Sou uma pessoa generalista. Eu me meto com muita coisa na tecnologia. Me meto com automação residencial, rede, ainda hoje estou desenvolvendo software… Mas internet tem um potencial grande. Teresina tem muita carência nessa área. E há 15 anos eu tinha um projeto: queria passar fibra ótica na cidade. Comecei a montar outra empresa, começou a dar errado algumas coisas, e aí descobri que não dou certo para ter sócio. Sou hiperativo e quero que as coisas aconteçam. As pessoas têm uma velocidade diferente. Esses conflitos com sociedade duraram uns três anos, além de questões com a Anatel. Enquanto isso, eu desenvolvi um software de rastreamento de veículos e comercializei isso. Por dois anos a empresa que tenho hoje viveu disso. Quando a Anatel autorizou, começamos o processo de vendas e operacionalização. Começamos com internet a rádio. Mas a radiofrequência tem muitas variáveis envolvidas, o que fazia perder qualidade. Depois de um ano e meio só com rádio, distribuindo 21 torres em Teresina e Timon, ainda não conseguíamos atingir um padrão. Então decidimos em 2015 passar o cabo de fibra ótica.

JMN: Como foi isso?

MO: Saímos do cabo da empresa para a zona Sul, da zona Sul para a Sudeste, da Sudeste para a Leste e da Leste para a Norte. Fiz um anel. Por quê? Porque se cair um poste, consigo mudar o caminho e o sistema permanece operando. Começamos a cabear a cidade ao ponto de chegar 80 mil domicílios que temos fibra ótica da frente das casas. Queremos levar um padrão de internet na periferia que só existia na zona Leste. Mas agora a mesma internet da zona Leste está no Alto da Ressurreição.

Miguel sempre foi apaixonado por tecnologia. Crédito: Raíssa Morais.

JMN: E a internet das coisas?

MO: É meu hobby. Quando comecei a mexer com isso, não havia nomeclatura. Eram equipamentos que se comunicavam entre si com a internet. Comecei a mexer com isso porque sou analista de sistemas. O analista de sistemas tem que ser preguiçoso, porque ele facilita coisas do cotidiano. Começou porque o interruptor da minha cama era do outro lado e não tinha espaço para mudar a cama de mudar. Então arrumei um jeito de desligar a lâmpada sem levantar. Primeiro usei o controle remoto da televisão. Hoje posso desligar pelo celular. Hoje minha casa é toda automatizada. Cheguei a um grau que tenho vários dispositivos que falam entre si.

JMN: Por quê?

MO: Se eu tivesse investido em software eu teria chegado ao sucesso mais cedo. O software tem mais valor agregado. Hardware todo mundo vende. Software não. Esse desenvolvimento é para poucos. Errei, caí e levantei. Nesse errei, caí e levantei, fui convidado para ser o presidente da Empresa Teresinense de Processamento de Dados e ocupei o cargo por seis anos. É a empresa que cuida da informática da prefeitura. Pouco antes disso, comecei a trabalhar com um provedor de internet, como sócio. Mas aos poucos a prefeitura foi me consumindo e perdi o contato com a empresa. Aos seis anos, eu não fazia mais parte e nem tinha mais afinidade com ela. Quando vi que estava fora do mercado e que cargo público acaba uma hora, vi que tinha que desenvolver outra empresa. No caso, em internet.

JMN: Então você passa praticamente por todas as áreas, não é?

MO: Sim. Sou uma pessoa generalista. Eu me meto com muita coisa na tecnologia. Me meto com automação residencial, rede, ainda hoje estou desenvolvendo software… Mas internet tem um potencial grande. Teresina tem muita carência nessa área. E há 15 anos eu tinha um projeto: queria passar fibra ótica na cidade. Comecei a montar outra empresa, começou a dar errado algumas coisas, e aí descobri que não dou certo para ter sócio. Sou hiperativo e quero que as coisas aconteçam. As pessoas têm uma velocidade diferente. Esses conflitos com sociedade duraram uns três anos, além de questões com a Anatel. Enquanto isso, eu desenvolvi um software de rastreamento de veículos e comercializei isso. Por dois anos a empresa que tenho hoje viveu disso. Quando a Anatel autorizou, começamos o processo de vendas e operacionalização. Começamos com internet a rádio. Mas a radiofrequência tem muitas variáveis envolvidas, o que fazia perder qualidade. Depois de um ano e meio só com rádio, distribuindo 21 torres em Teresina e Timon, ainda não conseguíamos atingir um padrão. Então decidimos em 2015 passar o cabo de fibra ótica.

JMN: Como foi isso?

MO: Saímos do cabo da empresa para a zona Sul, da zona Sul para a Sudeste, da Sudeste para a Leste e da Leste para a Norte. Fiz um anel. Por quê? Porque se cair um poste, consigo mudar o caminho e o sistema permanece operando. Começamos a cabear a cidade ao ponto de chegar 80 mil domicílios que temos fibra ótica da frente das casas. Queremos levar um padrão de internet na periferia que só existia na zona Leste. Mas agora a mesma internet da zona Leste está no Alto da Ressurreição.

Miguel Oliveira dispõe de uma "casa inteligente". Crédito: Raíssa Morais.

JMN: E a internet das coisas?

MO: É meu hobby. Quando comecei a mexer com isso, não havia nomeclatura. Eram equipamentos que se comunicavam entre si com a internet. Comecei a mexer com isso porque sou analista de sistemas. O analista de sistemas tem que ser preguiçoso, porque ele facilita coisas do cotidiano. Começou porque o interruptor da minha cama era do outro lado e não tinha espaço para mudar a cama de mudar. Então arrumei um jeito de desligar a lâmpada sem levantar. Primeiro usei o controle remoto da televisão. Hoje posso desligar pelo celular. Hoje minha casa é toda automatizada. Cheguei a um grau que tenho vários dispositivos que falam entre si.



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