Ministério Público investiga um site que fazia ofertas de venda de bebês

MP-PE determinou a abertura de inquérito pela Polícia Civil para apurar a responsabilidade de sita que fazia ofertas de bebês para adoção no Facebook

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O Ministério Público de Pernambuco (MP-PE) determinou a abertura de inquérito pela Polícia Civil para apurar a responsabilidade por uma página que fazia ofertas de bebês para adoção no Facebook mediante pagamento em dinheiro. Segundo a promotora da Infância e Juventude Daiza Cavalcanti, foi feito um pedido junto ao escritório do Facebook no Brasil para que a página seja retirada do ar.

Intitulada "Quero doar.Quero adotar seu bebê-recife PE", a página reunia mães dispostas a vender seus filhos e pessoas interessadas em adoções ilegais. "Nós oficiamos em conjunto o diretor representante do Facebook no Brasil para retirar a página do ar. Pelas informações que nós temos, ela já foi retirada ontem mesmo", afirmou a promotora.

Segundo a promotora, este é o primeiro caso que ela tem conhecimento de uma rede coletiva de incentivo à adoção ilegal. "De forma coletiva, foi a primeira vez que eu tomei conhecimento. Enviaram um link da página para mim, e de início fiquei chocada e decidi tomar as providências necessárias. É totalmente contrária à legislação brasileira", disse Cavalcanti, que adiantou que a Polícia Civil acionará o Facebook para identificar o autor do perfil que criou a página.

A promotora esclarece que tanto quem oferece o filho para venda quanto quem aceita o bebê mediante o pagamento está sujeito às penas previstas no artigo 238 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com reclusão de um a quatro anos e multa.

Paralelamente à investigação, a promotora acompanha os desdobramentos do inquérito da Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA) da Polícia Civil pernambucana, que apura o caso de uma universitária que ofereceu o filho recém-nascido por R$ 50 mil em uma rede social. De acordo com Cavalcanti, o bebê nasceu de forma prematura e estava internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de um hospital de Recife, onde era acompanhado por uma conselheira tutelar e pela avó, que havia se prontificado a ficar com a criança. "Infelizmente, o bebê, que era prematuro, não resistiu e faleceu", disse a promotora.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES