Ministério Público vai investigar mortes provocadas por torcidas organizadas

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Mancha Verde | Reprodução
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O Ministério Público vai instaurar inquérito para apurar o envolvimento das torcidas organizadas Gaviões da Fiel e Mancha Alviverde na briga que terminou com a morte do palmeirense Gilberto Torres Pereira, de 31 anos. O promotor de Justiça Roberto Senise Lisboa, da Promotoria de Justiça do Consumidor da Capital, pediu cópia do Boletim de Ocorrência feito pela Polícia Militar para apurar a responsabilidade civil das facções e também da conduta individual dos torcedores envolvido na confusão.

Pereira era integrante da Mancha Alviverde e teve morte cerebral na noite de quarta-feira após levar golpes de pedaços de pau na cabeça durante confronto entre corintianos e palmeirenses no domingo, nos arredores da estação da CPTM de Franco da Rocha. Seis pessoas foram detidas, sendo dois corintianos e quatro palmeirenses.

Os corintianos vestiam agasalhos da Gaviões da Fiel. O vereador de Francisco Morato e candidato a deputado estadual Raimundo César Faustino, mais conhecido como Capá, é acusado de também ter participado da briga e teve a sua prisão preventiva pedida pela delegada Rafaela Aceto por homicídio, rixa e provocar tumulto. Capá é sócio da Gaviões desde 1988 e faz parte da cúpula da facção.

"Pelo o que imprensa noticiou há envolvimento [de Gaviões da Fiel e da Mancha Alviverde], mas preciso ter elementos na mão. Não vou me antecipar, nem fazer caça às bruxas. Vou abrir inquérito para apurar os fatos. Preciso ter a confirmação do que a imprensa está divulgando", disse Senise, nesta quinta-feira.

Caso comprovada a participação de integrantes das organizadas na briga, o promotor vai pedir para que a Federação Paulista de Futebol proíba a entrada dos torcedores nos estádios, solicitará multa de R$ 30 mil e poderá também requerer a suspensão ou até dissolução das atividades das facções.

"A Gaviões da Fiel, por exemplo, tem quase 100 mil filiados e a grande maioria não é formada por marginais. Mas temos pessoas lá dentro que não estão preocupadas em torcer, mas sim em transformar as ruas e estádios em ringues de luta", disse Senise.

O promotor já pediu à Justiça a aplicação de duas multas no valor de R$ 30 mil à Gaviões da Fiel por envolvimento de associados da organizada em brigas na Avenida Inajar de Souza e na Marginal do Tietê. Até agora, nenhuma foi paga. "A Gaviões está protelando e o juiz já pediu até a penhora de bens, mas o oficial de Justiça foi até a sede deles e não encontrou nada", disse Senise.

A Torcida Independente, principal organizada do São Paulo, também foi multada em R$ 30 mil após briga com seus integrantes na Marginal do Tietê, mas também não efetuou o pagamento.



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