Monarquistas do Piauí vão limpar busto de Dom Pedro II

Movimento monarquista contabiliza 35 milhões de adeptos no Brasil

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O Círculo Monárquico do Piauí é uma organização política apartidária fundada em 2016 que tem como objetivo restaurar o sistema Monárquico Parlamentar no Brasil. Os círculos existem por todo o país, e no Piauí não tem sido diferente com núcleos organizados em várias cidades. Com ato simbólico, o grupo fará a limpeza no busto de Dom Pedro II no próximo dia 29 de junho.

Monarquistas em ato pelo 7 de Setembro. Crédito: Divulgação.

Segundo Verônica Andrade Lemos, secretária-geral do Círculo, o Brasil viveu seus melhores dias no período monárquico. “O Brasil durante o período da monarquia, no século XIX, foi um teve grande progresso, de maneira geral. Quando Pedro II assumiu o governo, 92% da população era analfabeta. Em 1889, o ano do golpe, o anallfabetimos caiu para 54%. A inflação média do Brasil era de 1,5%”, afirma.

Verônica destaca o legado do ex-imperador. “Em 1891 a inflação já tinha subido para 20%, então o crescimento econômico do Brasil era de 8% ao ano, semelhante a países europeus. Isso estamos analisando só o lado econômico da coisa. Dom Pedro II era um homem muito respeitado no mundo inteiro, e serve de exemplo para nós simpatizantes da casa. Estudar sobre ele é apaixonante. Era um homem culto que dedicou a vida inteira a esse país. Nós temos o cuidado de fazer a limpeza de monumentos importantes. O primeiro vai ser o busto de Dom Pedro II e depois vamos à Praça Edgar Nogueira para limpar o monumento em homenagem a Teresa Cristina”, acrescenta.

Os monarquistas acreditam que o Brasil ruiu após a Proclamação da República. “Houve um movimento de desconstruir tudo o que foi feito no período monárquico. Os livros escolares não falam sobre o Brasil durante o Império. Isso foi deliberado porque ser monarquista passou a ser crime, você podia ir para a cadeia. Inclusive, Floriano Peixoto mandou fuzilar milhares de monarquistas. Com a constituição de 1988 deixou de ser crime”, ressalta Lemos.

Monarquistas no Monumento dos Heróis do Jenipapo. Crédito: Divulgação.

Verônica defende que a democracia brasileira não vai bem. “Nossa república não deu certo, todo mundo pode constatar isso. Então o movimento monárquico tem crescido exponencialmente. Hoje são 35 milhões de monarquistas no Brasil. Em todos os Estados têm grupos, aqui no Piauí tem em Teresina, Campo Maior, Piripiri, Barras, Batalha, Esperantina, Picos, Parnaíba e várias outras”, enumera.

A monarquista cita bons exemplos de países monárquicos. “Os países que são monarquias parlamentares, como a Suécia, Dinamarca, Luxemburgo, Japão, Canadá, Nova Zelândia, são muito desenvolvidos e verdadeiras democracias. Não pensamos em monarquias absolutistas, como da Arábia Saudita. Queremos uma monarquia constitucional, assim como na Inglaterra”, exemplifica.

Os descendentes de Dom Pedro II assumiriam o poder. “Existem duas correntes. Tem o ramo de Vassouras e o de Petrópolis, que são descendentes de Pedro II. O filho da Princesa Isabel renunciou ao trono. Então, oficialmente, quem seria o imperador seria Dom Luís de Orleans e Bragança. Ele mora em São Paulo e é mais idoso. O irmão dele, Dom Bertrand, é uma grande liderança e queremos trazê-lo ao Piauí. Além do sobrinho, o deputado Dom Luís Felipe de Orleans e Bragança, que já está na vida política como deputado federal. Mas nós mesmos não temos partido. Somos apartidários. Quem tem que ter partido é o primeiro ministro”, finaliza.



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