Moradores do bairro Angelim estão sem água há sete dias

Em alguns locais da parte mais alta do lugar, a água só sobe às torneiras por volta de meia-noite, todos os dias.

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Moradores do bairro Angelim sofrem sem abastecimento | Reprodução
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Os moradores do bairro Angelim I, na zona Sul de Teresina, mais precisamente da Rua João de Deus Martins, estão há sete dias sem água.

Em alguns locais da parte mais alta do lugar, a água só sobe às torneiras por volta de meia-noite, todos os dias, e em outros pontos, como a citada rua, as pessoas não veem o líquido em suas torneiras há uma semana. As famílias estão desesperadas, tendo que economizar a todo custo o pouco de água que conseguem durante a noite.

Algumas pessoas estão tendo que pegar água no rio Parnaíba, muito longe do seu local de moradia. O morador da Rua João de Deus Martins, Antônio Sousa Alves, conta que sua família não tem condições de ir pegar no rio, porque é muito longe.

?Estamos escapando da sede pegando água em uma torneira, de uma casinha abandonada, de uma outra rua mais ou menos próxima da nossa. A gente pega só o suficiente para os afazeres domésticos?, comenta.

O morador diz ainda que até pouco tempo eles tinham água durante a madrugada. Eles querem entender o motivo de a água ter desaparecido totalmente das torneiras.

A dona de casa Maria da Conceição Sales está inconformada com a situação. Segundo ela, sua família está tendo que economizar bastante. A moradora, também da Rua João de Deus Martins, está com parte da roupa da família, suja.

?Fico reclamando para minha filha não gastar muita água. Tem dias que não temos água nem para lavar a louça suja. Antes tínhamos água, pelo menos de madrugada, o que já era um absurdo.

Agora só temos água, mal para beber e fazer a comida. Casa um, aqui, só toma um banho por dia, com um balde d´água. A gente só faz se molhar, porque carregar água na cabeça e em baldes, para fazer tudo de casa, é muito trabalhoso?, ressalta.

A moradora da Rua Nove, Raimunda Jacinta Soares da Silva, conta que mora no local há 24 anos e a situação em relação a falta d´água é a mesma. ?Desde que vim morar nesse lugar, enfrento o problema da falta de água.

Nunca tivemos água todos os dias, em casa, como deveria ser. Sempre faltou água um dia e outro não, ou chegada durante a madrugada. Agora está ficando pior, porque temos que esperar pela madrugada, para encher as vasilhas, para fazer as tarefas domésticas durante o dia?, comenta.

Conselho já pediu regularização junto à Agespisa

O presidentee do Conselho Comunitário do Bairro Angelim, Manoel Bezerra Silva Neto, conta que já fez o pedido há dois meses à Agespisa, devidamente protocolado, solicitando a resolução do problema da falta d"água do local.

"Nós pedimos uma audiência pública com o responsável pelo setor de água da zona Sul, protocolamos o pedido, mas até o momento nenhuma solução foi tomada. Estamos com dois meses que fizemos o último pedido. Porque sabemos que o problema é antigo", relata.

Segundo ela, o que deve ser feito é a ampliação da adutora do local, já que esta não atende mais a demanda. "A população cresceu muito e a adutora existente não supre mais as necessidades da população.

Temos hoje, mais um grande conjunto que também está se abastecendo da mesma adutora. Ou seja, a adutora não tem mais como prover toda essa população", reitera.

Pagamento dos talões está em dia

Os talões de água, de acordo com os moradores do Angelim I, chegam regularmente, todos os meses, tanto para os que conseguem um pouco do líquido, quanto para quem ficar até uma semana sem água.

"É comum a gente ficar sem água. Mas não entendo porque no caso da minha família e de muitas da vizinhança, nós estamos é sem água mesmo e pegando o líquido de uma torneira e o talão já chego. Como isso é possível, se a gente não tem água em casa de jeito nenhum", indaga a dona de casa Maria da Conceição Sales.

Ela diz ainda que os talões de água da sua residência vem no valor de 38 a 40 reais, mesmo o problema sendo muito antigo. "Acho muito caro, já que dificilmente temos água nas torneiras.

Penso que só pode ser o ar passando pelo registro e fazendo contar a água. Não tenho outra explicação para os valores dos talões de água que chegam em minha casa", observa.

A também moradora da Rua Nove, Claudiene Soares da Silva, conta que está grávida de quase nove meses e já está apreensiva com a situação da falta d"água.

"Não sei como vai ser quando parir, porque sem água vai ser mais difícil, com um calor como esse e, principalmente nos meses que se aproxima, dos Bromofós", diz a moradora, acrescentando que a partir do mês de agosto é "normal", a água faltar até três dias consecutivos. Ou seja, nem durante a noite o líquido chega às torneiras.



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