Mortes em acidentes de trânsito em Teresina caem 30% em 2011, diz pesquisa da Strans

Teresina conseguiu reduzir as mortes, em apenas um ano, em 30% , o que é um resultado bastante significativo.

Teresina conseguiu reduzir as mortes. | Reprodução
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O trânsito de Teresina apresentou uma redução de aproximadamente 30% no número de mortes entre 2010 e 2011. É o que aponta um detalhado estudo desenvolvido pelo projeto Vida no Trânsito, encabeçado pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) e composto por diversas entidades parceiras. De acordo com o levantamento, a capital piauiense registrou 225 mortos em 2010 e 161 em 2011. Os gestores do Projeto Vida no Trânsito atribuem esse resultado às ações integradas de prevenção a acidentes, estratégia adotada pelo programa para reduzir as mortes.

?Em 2010, tínhamos 1,2 milhão de mortos em acidentes de trânsito mundialmente. Se nada for feito, chegaremos a 1,8 milhão de vítimas fatais em 2020. A meta, em todo o mundo, é reduzir em 50% essa quantidade estimada.

Teresina conseguiu reduzir as mortes, em apenas um ano, em 30% , o que é um resultado bastante significativo. Ou seja, são 64 vidas salvas desde o começo do projeto?, disse o português José Cardita, representante da ONG GRSP (Global Road Safety Partnership ? Parceria Global de Segurança Viária).

Cardita participou da oficina do Projeto Vida no Trânsito, iniciada ontem pela Strans com o objetivo de avaliar os resultados e discutir as próximas ações do projeto. ?Vale ressaltar que quando o trabalho consultou dados sobre mortes no trânsito em 2010 o número obtido foi menor que os 161 registrados posteriormente. A princípio, foram identificadas pouco mais de 140 mortes. Acabamos descobrindo outros casos depois e chegamos ao número final.

Isso ocorreu porque não havia uma sistematização, um trabalho conjunto para reunir os dados de vítimas fatais?.

Essa coleta conjunta de dados vem sendo promovida pelo Vida no Trânsito. A coordenadora do projeto, Audea Lima, explicou que uma ficha padronizada de registro de ocorrências foi desenvolvida no estudo, e já está sendo utilizada pelas entidades participantes. ?Esse é o grande mérito do projeto. A coleta, hoje, é feita tanto nos órgãos de saúde quanto de trânsito. Com isso, nós podemos juntar uma base de dados e qualificar as informações?, disse ela.

Outras quatro capitais brasileiras participam dessa iniciativa: Palmas-TO, Belo Horizonte-MG, Curitiba-PR e Campo Grande-MS. Destas, a capital sul matogrossense é a que mais se aproxima do desempenho de Teresina, mas estima-se que Campo Grande só deve alcançar o mesmo percentual de redução de mortes em maio de 2013.

Participaram da oficina os integrantes da Comissão Intersetorial - Fundação Municipal de Saúde (FMS), Secretaria Estadual da Saúde (Sesapi), Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PI), Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Batalhão da Polícia Rodoviária Estadual (BPRE), Companhia Independente de Policiamento de Trânsito (Ciptran), Universidade Federal do Piauí (UFPI) e Universidade Estadual do Piauí (Uespi).

Também participam representantes dos Centros de Formação de Condutores (CFCs), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PI), Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Piauí (CREA-PI), Ministério Público Estadual (MPE), Delegacia de Acidentes, Hospital de Urgência de Teresina (HUT), Conselho Regional de Medicina (CRM-PI), Serviço Social do Transporte/Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SEST-SENAT), Secretaria Municipal de Educação (Semec), Secretaria Municipal do Planejamento (Semplan), Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom), e Ministério da Saúde, por meio do seu representante, Luís Otávio Maciel Miranda.

O projeto pretende promover a informatização dos órgãos e viabilizar a realização do teste de alcoolemia (teste que mede a quantidade de álcool existente nos sangue de um indivíduo) nas vítimas fatais de acidentes.

Audea Lima destaca que a partir de agora, será promovido o trabalho de educação no trânsito nas escolas. ?Já estamos analisando, em parceria com a Secretaria de Educação, modificações na grade curricular para inserir no cronograma aulas de Educação no Trânsito. Essa medida é um grande avanço, pois educando as nossas crianças conseguiremos mudar o comportamento dos pais no trânsito?, finaliza.



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