Mourão diz que 'por enquanto' não é a favor de privatizar Correios

Durante a campanha, Bolsonaro disse que estatal tinha ‘grande chance’ de ser privatizada.

| Guilherme Mazui/G1
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O vice-presidente Hamilton Mourão, presidente da República em exercício, declarou nesta quinta-feira (24) que “por enquanto” não é favorável à privatização dos Correios.

Mourão, que está na Presidência devido à viagem de Bolsonaro a Davos (Suíça), falou sobre o assunto ao ser indagado por jornalistas após um evento alusivo aos 356 anos dos Correios e de homenagem ao Dia do Carteiro.

O vice-presidente, Hamilton Mourão, ao chegar ao Planalto nesta quinta-feira (24) após participar de evento nos Correios — Foto: Guilherme Mazui/G1

Questionado se é a favor de privatizar a empresa, respondeu: “Por enquanto, não”.

Durante a campanha eleitoral de 2018, em entrevista à Band, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a estatal “tinha grande chance” de ser privatizada caso ele fosse eleito.

“Os Correios têm grande chance de entrar sim [nas privatizações], até porque o seu fundo de pensão foi simplesmente implodido pela administração petista”, disse o então candidato. “Os Correios têm muitas reclamações, diferentemente do passado. Então, os Correios, tendo em vista a não fazer um trabalho, aquilo que eu acho que nós poderemos estar recebendo, podem entrar nesse radar da privatização”, acrescentou.

Os Correios são vinculados ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Comunicação. Em dezembro, já anunciado como titular da pasta, o ministro Marcos Pontes declarou que a privatização da estatal "por enquanto" não estava na "pauta" do governo.

A administração de Bolsonaro dá continuidade ao programa de privatização e concessões na área de infraestrutura iniciado no governo de Michel Temer. A maior participação da iniciativa privada nesta área é uma das bandeiras de Bolsonaro.

Governo Temer

O ex-presidente Michel Temer, durante seu governo, chegou a avaliar a proposta de privatizar os Correios. Mas a ideia foi deixada de lado em maio do ano passado.

Antes, diante das dificuldades financeiras da estatal, o então ministro Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia) havia afirmado que "a privatização do todo ou de parte dos Correios" seria o caminho caso não fosse possível cortar gastos para sanear a empresa.

No momento em que o governo passado analisou a privatização, a estatal enfrentava situação financeira delicada e vinha de quatro anos seguidos de prejuízo. Apenas entre 2015 e 2016, as perdas da empresa somaram R$ 3,6 bilhões.

Em maio do ano passado, Kassab afirmou que o governo Temer havia desistido da privatização da estatal e que essa discussão ficaria para o próximo governo.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES