MP alerta para falta de estrutura da Casa Abrigo de Teresina

O alerta foi feito em audiência pública na Câmara Municipal

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A promotora Amparo Paz, coordenadora do Núcleo de Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar (NUPEVID), representou o Ministério Público e o Núcleo de Promotorias do Júri na audiência pública que discutiu as ações de enfrentamento ao feminicídio em Teresina. A solenidade aconteceu na Câmara Municipal de Teresina nesta segunda-feira (7).

Na oportunidade, a promotora fez o alerta sobre as condições precárias na estrutura e no sistema de segurança da Casa Abrigo de Teresina. “O Ministério Público realizou uma vistoria na Casa Abrigo. É flagrante a falta de estrutura e de segurança. As mulheres que estão abrigadas naquele espaço correm risco de vida. O Governo do Estado está omisso e será notificado pelos promotores da Fazenda Pública”, enfatiza a promotora.

Ainda durante a audiência, a coordenadora do NUPEVID pontuou as ações educativas e de prevenção à violência contra a mulher já executadas na capital. “Temos projetos que debatem a desconstrução de comportamentos violentos nas escolas, nas universidades e nos ambientes de trabalho. Há dois anos, percorremos os canteiros de obras falando aos trabalhadores sobre a cultura de paz e a igualdade de gênero”, frisa Amparo Paz.

 Para a promotora, os inúmeros casos de violência contra a mulheres são reflexos de uma sociedade machista. “Precisamos desconstruir essa cultura de violência contra a mulher. A lenda do Cabeça de Cuia, por exemplo, que é cultuada por muitos piauienses, fala de violência contra a mulher. Um filho que matou a mãe e precisa matar mais sete mulheres. Precisamos modificar essa cultura”, reforça Amparo Paz.

Dentro das ações de enfretamento ao feminicídio executadas pelo NUPEVID, a promotora Amparo Paz, destaca o Projeto Reeducar Homem, que será lançado oficialmente neste mês de março. “Sensibilizar os homens é fundamental para alcançarmos a igualdade de gênero e com isso barrar o avanço da violência contra a mulher em Teresina. O Projeto Reeducar irá trabalhar com grupos de homens envolvidos em situação de violência e que já estão com os processos judicializados. No Rio Grande do Norte, onde também existe o projeto similar, nos últimos quatro anos o número de casos de reincidência é zero. Acredito que o Piauí também poderá alcançar esse índice”, encerra a promotora Amparo Paz.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES