Mulher enfrenta riscos na gravidez para ser mãe

Sequelas de paralisia infantil e doenças dificultaram gestação

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Christiane Pereira de Moura, 27 anos, acreditava que não conseguiria ser mãe por conta de sequelas no útero provocadas por uma paralisia infantil, além de outros problemas de saúde. Os médicos diziam que ela não poderia engravidar e, caso isso acontecesse, a gestação poderia não chegar até o fim. Mesmo assim, decidiu realizar o sonho de ter um filho, enfrentou dificuldades, mas no próximo domingo (12), terá o primeiro Dia das Mães ao lado da pequena Isadora.

"Ninguém imagina a importância de eu ter a Isadora. Ela foi um milagre seguido de uma vitória pra mim, pois eu sempre quis ser mãe", disse.

Saúde complicada

A gravidez de Christiane não foi planejada. Ela parou de tomar anticoncepcionais porque achava que não poderia engravidar. Foi uma surpresa quando soube que esperava Isadora, mas teve que tomar a decisão de prosseguir ou não com a gestação. Quando decidiu que seguiria em frente com os planos de ser mãe, contou com o apoio da família e do noivo.

O obstetra especialista em gravidez de alto risco Edvardes Carmona Gomes, que acompanhou Christiane, explica que a paciente tinha dois problemas que poderiam atrapalhar o desenvolvimento do bebê. Um deles era a Leucopenia, redução na quantidade de glóbulos brancos que deixa a paciente mais suscetível a doenças.

Um dos médicos chegou a sugerir que eu interrompesse a gravidez no começo, pois nós duas [mãe e filha] corríamos riscos."

Christiane Pereira de Moura, mãe da Isadora

?No caso dela, superou esse risco por conta da qualidade desses glóbulos. O sistema imunológico não depende apenas da quantidade, mas também da qualidade deles?, completa. O especialista lembra que Crhistiane também teve acompanhamento de um hematologista durante a gestação.

A mulher tinha ainda Tireoide de Hashimoto. De acordo com Gomes, ela sofre os efeitos tanto do hipertireoidismo, quando a glândula produz hormônios em excesso, e do hipotireoidismo, quando há falta dessas substâncias.

?Se essa insuficiência for mais intensa, pode gerar desde o aborto até problemas de desenvolvimento na parte neurológica e cerebral do feto?, explica. No entanto, a paciente já fazia tratamento para esse problema antes de engravidar, o que ajudou bastante a controlá-lo durante a gestação.

Christiane já sabia que tinha essas duas doenças antes de engravidar. Por isso, dois profissionais que ela procurou para acompanhá-la chegaram a recusar o caso em função das complicações que poderiam haver.

?Um dos médicos chegou a sugerir que eu interrompesse a gravidez no começo, pois nós duas [mãe e filha] corríamos riscos. Outro recusou meu caso, mas me encaminhou a um especialista que me falou dos perigos, mas disse que apesar disso eu poderia seguir em frente, com todo acompanhamento e cuidados necessários?, explica.



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