Mulheres piauienses criam empresas e estão cada vez mais empreendedoras; veja!

De cada dez empresas brasileiras, segundo uma pesquisa, três são comandadas por mulheres, e nesta estatística estão mulheres piauienses.

Deuzuita/ Ela era representante comercial e abriu empresa com amiga | Reprodução
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O número de brasileiras que querem abrir seu próprio negócio cresce no país. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o número de mulheres empreendedoras cresceu 21,4% em um período de dez anos.

Quanto ao empreendedorismo masculino, no mesmo período, o aumento foi apenas de 9,8%. As mulheres, portanto, estão transformando o mercado de trabalho, com o passar dos anos.

Em um primeiro momento deixaram de ser donas de casa e começaram a trabalhar fora. Agora elas deixam o emprego para abrir o próprio negócio. De acordo com o Sebrae e o Dieese, de cada dez empresas brasileiras, três são comandadas por mulheres, onde 41,3% têm entre 18 e 39 anos e 52% têm entre 40 e 64 anos.

Os dados da pesquisa também apontam que cerca de 40% delas são chefes de família, e a maioria (70%) tem ao menos um filho. O setor que as mulheres mais empregam é o comércio, com 42% de empregos gerados.

A venda de roupas, acessórios e calçados é a atividade com maior concentração feminina. Em seguida, aparecem os setores de serviços e indústria.

Cássia Paz, por exemplo, faz parte dessas estatísticas. Ela tem 36 anos, é mãe de três filhos e, atualmente, é dona de uma produtora de shows e eventos em Teresina. Mas já foi dona de outros negócios na capital.

?Antes eu tinha lojas de confecção feminina, na qual trabalhei por 12 anos, no centro de Teresina. Porém, com o falecimento de minha mãe e consequentemente alguns problemas depressivos em razão do acontecido, a família optou em fechar as lojas. Em conjunto com as lojas, eu já fazia um trabalho com eventos e hoje em dia trabalho nessa área?, afirma.

A empreendedora trabalha em produção de shows e eventos, aproximadamente, há 8 anos e ainda acrescenta que o esforço tem valido muito a pena, inclusive em relação aos lucros.

?O retorno financeiro tem suprido as minhas necessidades básicas e extras. Claro, ainda não atingi o rendimento desejado, mas com a dedicação, esforço, foco e determinação conseguiremos atingir a nossa meta?.

E um dos maiores motivos que tem impulsionado o empreendedorismo feminino é a maternidade. Isso mesmo, as mulheres querem ter mais tempo com seus filhos e empreender exige um trabalho árduo, mas que permite uma flexibilidade maior de horário.

Com maternidade, mais de 60% abrem empresas

Uma pesquisa feita pelas escritoras Patricia Travassos e Ana Claudia Konichi, autoras do livro "Minha Mãe é Um Negócio", revelou que 67% das mulheres abriram um negócio próprio depois dos filhos.

O estudo também mostrou que 41% das mulheres entrevistadas na pequisa escolheram transformar um antigo hobby em atividade principal, abrindo uma empresa.

Do total, 81% delas são casadas e 41% têm apenas um filho. 28% têm entre 31 e 35 anos e 22% entre 36 e 40 anos. 58% trabalham em casa (home-office) e 74% acreditam que ficam mais tempo com os filhos do que antes de empreender.

É o caso da empresária teresinense Daniara Teixeira, que aos 23 anos e mãe de dois filhos transformou uma atitude que tinha enquanto ainda estudava em um empreendimento.

Ela possui uma loja de confecções em casa há um ano e cinco meses e diz que desta forma consegue ficar mais perto dos filhos e criar perspectivas de crescimento na atividade comercial.

Fazem parte também desta estatística as empresárias Delzuita Marques e Kenne Serejo. Delzuita era representante comercial e Kenne, vendedora no comércio de Teresina.

Ambas iniciaram o atual negócio fazendo linguiça caseira, que era vendida de porta em porta, em repartições públicas, restaurantes e em bares. Com a grande aceitação do produto, elas criaram uma empresa de entregas da comidas.

A atividade cresceu tanto que elas abriram um ponto comercial e começaram a vender produtos para gastronomia, kits para churrascos, vinhos, especiarias e bebidas típicas. Em um ano, já expandiram o negócio, que também tem um bar para happy hour.

"Antes eu vendia só para minhas amigas, mas depois da maternidade veio a vontade de trabalhar e como hoje o mercado é meio complicado para quem tem filhos, resolvi trabalhar pra mim mesma e porque eu gosto muito.

Além disso, faço meus horários e tenho como cuidar deles [filhos]. Também por conta da distração e da independência financeira", conclui Daniara.



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