Novos acessos vão desafogar trânsito da capital do Piauí; veja

Hoje, circulam na capital Teresina mais de 300 mil veículos, entre eles automóveis, caminhões, motocicletas, tratores e ônibus.

FROTA | A cada mês três mil novos carros incrementam o trânsito de Teresina | Reprodução Jornal MN
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A cidade de Teresina cresce a cada ano e já começa a enfrentar problemas típicos dos grandes centros urbanos. Os congestionamentos, principalmente nos horários de pico, nas principais vias de acesso da capital estão cada vez mais comuns e maiores.

Hoje, circulam na capital Teresina mais de 300 mil veículos, entre eles automóveis, caminhões, motocicletas, tratores e ônibus. Segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PI), essa quantidade corresponde a 47% da frota de veículo de todo o Estado. Entram nas ruas de Teresina, por mês, cerca de três mil veículos, o que tende a aumenta ainda mais devido as faci-lidades de pagamento ofe-recidas pelas concessionárias de veículos.

Outro grande fator, que tem contribuído no aumento do número de veículo na capital, é a expansão imobi-liária em Teresina. Hoje, grandes empreendimentos, principalmente de condomínios de luxo, cada vez mais se deslocam para locais mais distantes do centro econômico da cidade, o que contribui significativamente na necessidade da aquisição de um veículo próprio, muitas vezes, para cada membro da família.

O agente de saúde Epitácio Neto, 29 anos, adquiriu nos últimos meses o seu primeiro carro. ?Devido as facilidades na época, eu e minha esposa, decidimos comprar um carro. Apesar do meu trabalho ser próximo de casa, o carro é uma opção para nos deslocarmos para outros locais, como a universidade?, explica.

Apesar da facilidade de locomoção com aquisição do veículo, o agente de saúde faz um planejamento quando vai sair de carro devido os congestionemos em alguns pontos de Teresina. ?Eu já marco os compromissos para depois do congestionamento. O trânsito na cidade está cada vez mais caótico, isso nas principais vias, e procuro sempre evitar sair nesses horários?, comenta Epitácio.

5 mil veículos passam pela Miguel Rosa

Além da Avenida Frei Serafim, um pontos mais comuns de congestionamento, a Avenida Miguel Rosa apresenta alguns pontos de lentidão. Sendo uma das principais vias de acesso do eixo Sul-centro da capital, a Miguel Rosa é uma das mais movimentadas da cidade. Por dia são cerca de cinco mil veículos.

Segundo Audea Lima, especialista em Gestão de Trânsito e Transportes da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (STRANS)) os pontos mais críticos na avenida são os cruzamentos, que estão todos semaforizados.

?Entendo que outros pontos críticos são os retornos, que ainda atrapalham a fluidez. Certamente num futuro próximo eles deverão ser fechados?, observa Audea. Outro ponto que muitos motoristas reclamam da lentidão do trânsito são nas BRs 343 e 316, que ligam a capital ao Sul e ao Norte do Estado.

A principal causa da lentidão nas BRs, já dentro da cidade, é que junto com as motocicletas e carros de passeio trafegam caminhões e carretas transportando grandes cargas. Segundo o motorista Valderi Lima, o tempo médio que demora da entrada da capital de quem vem da cidade de Demerval Lobão, na BR-343, para o centro da cidade, um percurso em torno de 10 km, é o mesmo tempo que se leva para percorrer a distância de 100 km.

?Quando se chega à cidade, principalmente depois das 17h, você demora mais de uma hora para se chegar ao centro. Há muito caminhões e carretas que atrapalham a passagem dos veículos?, comenta o motorista.

Três grandes obras estão em licitação

Em Teresina, já foram realizados estudos para viabilizar um melhor fluxo de veículos nas vias de maior congestionamento. Três obras a serem realizadas a partir desse ano na capital deverão desafogar o trânsito nesses pontos mais críticos. Estão em fase de licitação e serão realizadas através do Governo do Estado do Piauí. Uma das obras será a cons-trução de um elevado na Avenida Miguel Rosa no trecho que liga à BR-343, zona Sul. A obra terá um custo de R$ 13.751.112,00 e extensão de 42 metros.

A principal causa do congestionamento na Avenida Frei Serafim é a redução que ocorre no número de faixas do sentido centro-leste, de quatro cai para duas, quando se chega à ponte Juscelino Kubitscheck. A solução será a criação de nova via, que irá unir as duas pontes. Segundo a Setrans, as obras deverão ser iniciadas após o remanejamento dos floristas que trabalham em baixo da ponte. A empresa responsável pela obra está elaborando o projeto executivo.

Para solucionar o tráfego nas BRs, que dão acesso à cidade, um rodoanel interligará as duas rodovias por fora da cidade. A função do rodoanel será de separar os veículos que transportam grandes cargas dos veículos de passeios. Segundo dados da Secretária de Estado dos Transportes (Setrans), o objetivo do Rodoanel é a redução de 15 quilômetros nas distâncias entre as saídas da capital para as regiões Norte e Sul do Estado, reduzindo a quantidade de veículos pesados desafogando o trânsito na área urbana da capital.

Na próxima semana, o governador do Piauí, Wilson Martins, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, e o presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Jurandir Santiago, assinam na quinta-feira , dia 22, no Palácio de Karnak, convênio para a construção do rodoanel de Teresina, orçado em R$ 80 milhões.

Os diretores do BNDES e BNB também participam de reunião de trabalho com integrantes da equipe de governo responsáveis pelas obras de infra-estrutura ? DER, Seinfra, Strans, Setur ? para definição de outras obras prioritárias para o Piauí.



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